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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Domingo - 19 de Novembro de 2006 às 11:38

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A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, se mantém inflexível em sua estratégia diplomática, apesar da vitória do Partido Democrata nas eleições parlamentares e dos pedidos para flexibilizar as relações exteriores americanas.

Apesar do presidente George W. Bush parecer debilitado na cena internacional após a derrota dos republicanos nas eleições legislativas, nas quais a guerra do Iraque teve papel importante, Rice minimiza o impacto potencial de um Congresso controlado pelos democratas.

Durante a cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), realizada neste fim de semana em Hanói, Rice rejeitou os pedidos para iniciar diálogo com alguns inimigos dos Estados Unidos, como Coréia do Norte, Irã e Síria.

"Não é nada incomum para os presidentes perder cadeiras no Congresso durante seu sexto ano de poder", justificou na sexta-feira a chefe da diplomacia americana em declarações à rede CNBC Asia.

"Penso que o que teremos no Congresso não é uma oposição, mas uma direção que terá certa responsabilidade no bem-estar dos Estados Unidos e no exercício do poder do país no mundo", acrescentou.

Rice minimizou os pedidos de diálogo do ex-secretário de Estado James Baker e do primeiro-ministro britânico, Tony Blair.

"O diálogo é uma tática, não um fim em si", afirmou na quinta-feira, firme em sua vontade de isolar os países do "eixo do mal" da cena internacional.

"Falarei com quem for, onde for e quando for, em circunstâncias adequadas", ressaltou. "Fizemos múltiplas aberturas para os iranianos para um diálogo", acrescentou Rice.

"A questão é saber se há algo no comportamento dos iranianos que sugira que eles estão dispostos a contribuir para a estabilidade no Iraque", acrescentou a chanceler. "Devo dizer que, neste momento, não vejo nada".

Sobre a Síria, "a questão é saber o que quer. E, atualmente, parece alinhar-se com as forças extremistas", assegurou Rice.

A política de isolamento de seus inimigos, praticada há seis anos pela administração Bush, é cada vez mais criticada nos Estados Unidos e no exterior.

"Devemos esquecer a idéia de que a interação diplomática é um julgamento de valor", ressaltou o diretor do centro de pesquisa americano Council of Foreign Relations (CFR), Richard Haass, em entrevista recente.

"A História demonstra que o isolamento reforça os extremistas", declarou à revista alemã Der Spiegel o ex-conselheiro de Colin Powell, antecessor de Rice.





Fonte: AFP

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