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Politica Brasil
Domingo - 12 de Novembro de 2006 às 12:18

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O candidato derrotado do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, quer mesmo disputar a Prefeitura de São Paulo em 2008. Desde que foi batido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno da eleição, no fim de outubro, Alckmin trabalha em silêncio na tentativa de manter o vínculo com os políticos que o apoiaram na campanha deste ano e preservar sua influência na máquina do partido. "Eu vou trabalhar para organizar o PSDB", diz.

Seu problema é que, no meio do caminho, existem o governador eleito de São Paulo, o também tucano José Serra, e o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (PFL). Serra pode dar apoio a um eventual projeto de reeleição de Kassab, que herdou sua cadeira quando ele renunciou para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes e em quem confia com uma intensidade rara.

Além disso, Serra parece não ter apagado da memória a determinação com que Alckmin se lançou contra ele na disputa dentro do partido pela candidatura ao Palácio do Planalto, no primeiro semestre deste ano.

Com o controle das máquinas da prefeitura e do governo nas mãos de Serra, Alckmin passou a ser refém do futuro governador. Até seus aliados admitem que, sem caneta para nomear e demitir, tornou-se difícil para o candidato derrotado à Presidência manter-se como cardeal do PSDB.

O próprio Kassab tratou de mandar um recado claro de que sua aliança com Serra supera até mesmo o fato de ambos pertencerem a partidos diferentes. "Mais que o PFL, meu projeto é o Serra", avisou.

O problema no horizonte do prefeito é que a sua popularidade no momento não recomenda a aventura eleitoral. As pesquisas a que tucanos e pefelistas vêm tendo acesso não apresentam Kassab como um político conhecido nem aparentemente capaz de empolgar o eleitorado paulistano - sobretudo numa disputa que pode ter no outro pólo a ex-prefeita Marta Suplicy (PT).

De qualquer forma, sua presença no xadrez da escolha dos candidatos força Alckmin a sentar à mesa de negociação. "É importante que Kassab esteja no páreo. Ele é nosso e faz o que a gente quer. Se Serra disser que ele tem de disputar, ele disputa. Se Serra falar para não disputar, ele também vai entender", diz um tucano que prefere não se identificar.





Fonte: Agência Estado

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