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Saúde
Sexta - 27 de Outubro de 2006 às 16:08

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O governo federal está aperfeiçoando seu plano de contingência, para evitar que o vírus influenza, causador da gripe aviária, se transforme em um problema de saúde pública no Brasil, assim como aconteceu em alguns países asiáticos. A informação foi dada hoje (27), pelo secretário executivo do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, ao participar do 2º Encontro Nacional de Ciências da Saúde, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.

Barbosa informou que três laboratórios nacionais (um no Rio de Janeiro, um em São Paulo e um no Pará) vêm sendo equipados para fazer a identificação rápida do vírus, mas disse que é possível expandir para cinco o número de unidades credenciadas.

Segundo ele, a medida é fundamental para evitar que a doença, que provoca comprometimento dos sistemas respiratório, nervoso, digestivo e reprodutivo das aves, possa se propagar entre os seres humanos.

O secretário disse que uma unidade piloto, construída em São Paulo e que está em fase de certificação, começará a produzir, a partir do final deste ano, as primeiras 20 mil doses da vacina preventiva contra a gripe aviária em humanos. "Essa produção, que será realizada por meio de parceria de transferência tecnológica entre o Brasil e um dos maiores produtores mundiais de vacinas, o Laboratório Farmacêutico Sanofi Pasteur, vai servir para que o país domine a tecnologia de fabricação do fármaco contra a gripe, com novas metodologias, que permitem maior efeito de imunidade" , afirmou.

De acordo com Barbosa, outra iniciativa relevante é o alerta que está sendo feito por meio de afixação de cartazes e distribuição de panfletos enviados pelo Ministério da Saúde às prefeituras, para que as pessoas que moram perto dos parques ou áreas de pouso e invernada de aves migratórias possam comunicar aos órgãos públicos, por meio de ligação telefônica, a existência de patos, gansos e outras espécies de animais mortos. A mobilização também vai abranger funcionários de 70 zoológicos em todo o país.

O secretário ressaltou que não há motivo para pânico, argumentando que não foram registrados casos do vírus H5N1 no Canadá nem nos Estados Unidos, de onde as aves migram para o Brasil. Além de matar aves, o H5N1 pode ser transmitido para humanos,

Jarbas Barbosa disse ainda que o desafio é criar um ambiente de solidariedade no mundo para que, caso a transmissão da doença entre humanos seja detectada em qualquer país, possa ocorrer o envio imediato de medicamentos, permitindo o bloqueio do vírus e impedindo uma disseminação global da enfermidade.

O plano de contingência do Brasil envolve a participação de 14 ministérios, incluindo Defesa, Saúde, Meio Ambiente e Agricultura.





Fonte: Agência Brasil

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