1º escalão de Blairo não sofrerá mudança radical no 2º mandato

O espaço para a classe política no secretariado do segundo governo de Blairo Maggi não será tão amplo como os partidos desejam. Ao almoçar com prefeitos, na última quarta-feira, o chefe do executivo estadual descartou a possibilidade de fazer uma alteração radical na sua equipe que foi, conforme explicou, aprovado nas urnas.

"Esse secretariado é também responsável pela nossa vitória", enfatizou. Blairo Maggi confirmou que irá mexer na Educação, cujo nome mais cotado para substituir a secretária Ana Carla Muniz é do ex-chefe da Casa Civil, Luiz Antonio Pagot. O problema é que Pagot vem sendo cogitado para ocupar também um cargo no provável segundo governo do presidente Lula (PT).

A saída de Ana Carla é por razão meramente política. Em virtude do seu esposo, Percival Muniz (PPS), ter sido eleito deputado estadual, a sua permanência no cargo se tornou inviável no aspecto político. Nessa conversa com prefeitos, Blairo Maggi admitiu ainda que o secretário de Desenvolvimento Rural, Cloves Vettorato, poderá voltar à pasta de Projetos Estratégicos.

Outras mudanças que deverão ocorrer serão nas Secretarias de Meio Ambiente e de Justiça e Segurança Pública, uma vez que os promotores Marcos Machado e Célio Wilson retornarão ao Ministério Público Estadual. Para esses cargos são cotados os deputados Chico Daltro (PP), Ságuas Moraes (PT) e Carlos Brito (PDT).

Existe ainda a possibilidade de Maggi fazer um remanejamento de secretários. O titular da Saúde, Augostinho Moro, assumiria o Planejamento, enquanto Yênes Magalhães iria à Casa Civil. Já Antonio Kato voltaria a ocupar a secretaria adjunta da pasta. Dessa forma, a Saúde seria entregue, provavelmente, para o deputado estadual eleito Wallace Guimarães (PFL).

Essa alternativa é admitida no meio político, mas não é confirmada por nenhum dos envolvidos. Aliás, essa questão já está sendo discutida internamente no PFL. De qualquer forma, a nova equipe de Maggi será uma mescla de técnicos e políticos.