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Nacional
Sexta - 20 de Outubro de 2006 às 04:48

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SÃO PAULO - A vantagem de 20 pontos que o presidente mantém nas pesquisas ficou refletida na platéia, que foi esvaziada, em relação ao primeiro debate, na TV Bandeirantes. No estúdio, no lado petista, em vez dos dez ministros que apareceram no primeiro turno, compareceram sete. O vice-presidente, José Alencar, que tinha ido à Bandeirantes, não apareceu. Entre os ilustres desfilava o deputado Luiz Eduardo Greenhalg, de São Paulo, que não conseguiu votos suficientes para se reeleger.

Na platéia, petistas e tucanos mal se falaram nos intervalos do debate. Acusado de representar o papel de advogado de Lula em vez de atuar como ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos procurou o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, que é quem o acusa com mais veemência, para uma sessão de queijos e vinhos. O encontro ficou marcado para a próxima quarta-feira, em Brasília.



Sérgio Guerra O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), coordenador da campanha de Geraldo Alckmin, disse ao final do debate que o debate de ontem foi menos político que o primeiro. "Prevaleceram questões administrativas, num clima mais harmonioso", afirmou, ao explicar porque o candidato tucano estava menos acelerado que na Bandeirantes. "Não cabia usar aqui o mesmo tom empregado naquela ocasião."

Tasso Jereissati Com uma expressão de espanto no rosto, o senador Tasso Jereissati dizia ao final do debate: "É inacreditável. O Lula não sabe qual é a taxa de juros. Ele não conhece o País, não conhece o governo."

Márcio Thomaz Bastos "No computo geral o presidente Lula foi muito melhor." Questionado se o presidente não estava muito irônico, esquivou-se: "É o estilo dele. O presidente estava bem humorado hoje. É um homem que mesmo nos momentos mais difíceis ele está bem humorado, está alegre. E ele estava alegre hoje. Talvez tenha sido as pesquisas."

"Ele (Lula) estava mais solto, mais desembaraçado, mais improvisador. Achei que ele foi bem melhor. Por outro lado o governador Alckmin, que é um debatedor treinado, deixou de responder algumas perguntas fundamentais"

"As pesquisas mostraram e estão mostrando que as pessoas não gostam de agressões pessoais. Quem faz agressões pessoais perde ponto nas pesquisas. De modo que acredito que o governador Alckmin, que foi muito mais agressivo na rede Bandeirantes, agora ajustou sua conduta e fez um debate mais urbano, mais bem educado."

Guido Mantega "Eu acho que fundamentalmente o humor do presidente foi diferente pelo nível mais civilizado do debate, pelo menor nível de agressividade do candidato Alckmin. E as pesquisas demonstram que a população está gostando das propostas, dos projetos, e está avaliando bem o governo que está terminando.

Tarso Genro "Foi um debate de bom nível. Acho que pela primeira vez o contato entre os candidatos houve o debate programático. Eu entendo que o presidente Lula se saiu muito melhor. Estava mais seguro, ofereceu mais dados, ofereceu mais números e também não perdeu a tranqüilidade para debater, o que o candidato Alckmin perdeu em vários momentos." "Acho que ganhou a democracia. Foi um debate de alta qualidade"

Marta Suplicy Comentários da prefeita Marta Suplicy na saída do estúdio: "Alckmin melhorou bem. Acho que agora o marqueteiro acertou o tom. Mas parece o velho Maluf, que não responde nada. Não respondeu nada sobre privatização. O Lula se saiu muito bem. Especialmente quando falou sobre o Luz para Todos."




Fonte: Agência Estado

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