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Sexta - 20 de Outubro de 2006 às 00:57

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Aumenta o número de delegados de Polícia Civil que respondem a processos administrativos em Mato Grosso.

Dados da corregedoria da Polícia Civil mostram que cresceu o número de delegados que respondem a processo administrativo aberto para apurar crimes mais graves, que pode levar à perda do cargo.

No ano de 2004, 8 delegados responderam a processos administrativos. Em 2005 já foram 11 delegados, e este ano, até o momento, 19 já foram investigados. Um crescimento de mais de 100% se comparado a 2004.

Em três anos, apenas um delegado foi demitido, Edgar Froes, acusado de ser o mandante do assassinado de Marluce Maria Alves e do filho dela, Rodolfo Almeida Alves. O crime aconteceu em 2004.

Em Mato Grosso, os delegados recebem os melhores salários da categoria no país. Em início de carreira recebem R$ 8,550. Com tempo de serviço pode chegar a R$ 10,550.

Os delegados Anaídes de Barros, Maurício Braga, Eduardo César Gomes, Antônio Moura Filho, cinco policiais civis e um escrivão, estão prezos há 14 dias. Entre as acusações estão favorecimento ao tráfico de drogas e corrupção ativa e passiva. Eles foram presos pela Operação Overlord da Polícia Federal, em Rondonópolis.

O diretor do Departamento de Interior da Polícia Civil de Mato Grosso disse que os acusados estão sendo substituidos por servidores de outras cidades.

"Em Primavera do Leste, que é uma cidade próxima de Rondonópolis, haviam dois delegados e um foi removido por conseqüência da Operação Overlord, mas os trabalhos continuam normalmente", diss Marcos Veloso, diretor do Departamento de Interior da Polícia Civil de Mato Grosso.

O Sindicato dos Delgados de Polícia de Mato Grosso (Sindepo) afirma que até agora os advogados de defesa não tiveram acesso ao despacho do Juiz que concedeu as prisões preventivas.

Toda e qualquer apuração tem que obedecer ao devido processo legal. O servidor tem que ter o direito constitucional ao contraditório e ampla defesa, até porque, conforme assegura a constituição, ninguém pode ser considerado culpado sem o julgamento e sentença condenatória.

O diretor geral da Polícia Civil, Romel dos Santos, disse que neste momento não se pronunciará sobre o assunto.




Fonte: TVCA

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