Alckmin destaca impostos; Lula, o Fome Zero

Os dois presidenciáveis dedicaram o horário eleitoral de hoje no rádio para elencar propostas em áreas diferentes: enquanto Geraldo Alckmin (PSDB) priorizou investimentos e redução tributária, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, ressaltou suas ações na área social, como o Fome Zero.

Alckmin afirmou que diminuiu a tributação de 200 produtos em São Paulo e reduziu as alíquotas incidentes sobre 620 mil micro e pequenas empresas. "O brasileiro trabalha quatro meses por ano só para pagar impostos. Menos imposto gera mais produção e emprego, e é isso que quero fazer como presidente", salientou.

O tucano disse ainda que irá realizar um mutirão com estados e municípios para urbanizar as favelas nas grandes cidades, além de construir novas ferrovias e rodovias. "O presidente tem que ser capaz de liderar, de chamar empresários e trabalhadores para fazer mais pelo emprego", disse Alckmin.

As farpas para o governo Lula foram citadas no final do horário eleitoral do PSDB. "Cinco ministros foram acusados de corrupção. Isto nunca havia acontecido antes em um só governo. E nenhum deles foi demitido pelo presidente", concluiu o locutor.

O programa petista começou se defendendo de acusações. "Queremos mostrar o trabalho do presidente Lula e discutir propostas, mas não podemos ficar calados enquanto tentam enganar você. Alckmin jura que não vai privatizar nada e acusa lula de espalhar boatos. Mas só em São Paulo, o PSDB vendeu 20 empresas e rodovias, como CPFL, Cesp, Eletropaulo, e rodovias Imigrantes e Anhangüera", disse o locutor.

Em alusão do Dia Mundial de Combate à Fome, comemorado em 16 de outubro, o presidente Lula destacou o Fome Zero, programa composto por 21 sub-projetos. "O carro-chefe é o Bolsa-Família, que põe comida na mesa de 11 milhões de brasileiros. Com as ações do Fome Zero, a pobreza foi reduzida em 14% no Brasil", relatou o narrador.

"Neste quatro anos, o Brasil percebeu que é possível integrar desenvolvimentos econômico e social", afirmou Lula. Para 2007, ele promete investimentos na construção da uma refinaria em Pernambuco e a criação do pólo siderúrgico de Fortaleza.