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Politica Brasil
Domingo - 01 de Outubro de 2006 às 21:09

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O senador e ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) garantiu mais um mandato de oito anos. Com 97,51 por cento das urnas apuradas no Amapá, o senador tem 53,93 por cento dos votos válidos.

Outro senador clássico do Congresso, Eduardo Suplicy (PT-SP), disputa uma vaga por São Paulo com Guilherme Afif Domingos, do PFL. Com 58,84 por cento das urnas apuradas, Suplicy lidera com 47,01 por cento dos votos contra 44,68 por cento de Afif.

Ainda entre os senadores, Joaquim Roriz (PMDB) foi eleito pelo Distrito Federal. Com 99,93 por cento dos votos apurados, Roriz registrou 51,83 por cento. Em Goiás, com 99,96 por cento de urnas apuradas, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) foi eleito e tem 75,82 por cento dos votos.

Antes do pleito, analistas avaliavam que o PT sairia das urnas neste domingo com uma bancada considerável no Congresso. Apesar dos últimos escândalos políticos envolvendo o partido, o PT não deve sofrer um grande impacto, segundo projeção de analistas políticos.

Quanto ao PMDB, todas as projeções apontavam que o partido manteria a maior bancada da Câmara e disputaria a liderança com o PFL no Senado.

As eleições deste domingo renovam as 513 cadeiras na Câmara dos Deputados e um terço do Senado, o que corresponde a 27 dos 81 parlamentares da Casa.

No Senado, onde a disputa é por apenas um terço das vagas, espera-se que o PT mantenha as 12 cadeiras, podendo perder um parlamentar. As previsões da Arko falam de 17 a 18 senadores para o PMDB, de 13 a 16 para o PSDB e de 18 a 20 para o PFL.

Mas algumas alterações interessantes foram observadas na composição da Casa. Entre elas, por exemplo, a vitória do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Com 96,19 por cento das urnas apuradas no Alagoas, Collor tem 44,22 por cento dos votos e Ronaldo Lessa (PSB), 39,96 por cento, o que já garante ao ex-presidente uma cadeira no Senado.

Collor votou pela manhã em Alagoas e se disse ansioso para voltar à Brasília. "Eu sempre me dei muito bem com as pessoas de lá e não tenho preocupação nenhuma", afirmou.

MALUF, CLODOVIL E CIRO

Entre os que tentam chegar à Câmara, estão figuras conhecidas da política brasileira, como o ex-prefeito e ex-governador de São Paulo Maluf (PP) e o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci (PT).

Com 58,84 por cento de urnas apuradas, Maluf está em primeiro lugar com 434.075 votos (3,64 por cento). Palocci, no entanto, está na 23a posição, com 90.214 votos. Ao votar nesta manhã, Maluf declarou que acredita na inocência do presidente Lula. "Eu tenho plena consciência de que o Lula é um homem limpo e correto."

Os novatos incluem o apresentador e ex-estilista Clodovil, terceiro colocado nas apurações até o momento, com 293.161 votos (2,46 por cento do total) e uma longa lista de deputados envolvidos em escândalos de corrupção que tentam a reeleição.

O ex-ministro Ciro Gomes é outro candidato a deputado federal cotado para se eleger. Até o momento, com 91 por cento das urnas apuradas no Ceará, ele é o primeiro colocado no Estado com 616.979 votos (16,32 por cento).

Ciro afirmou que, na Câmara, vai representar o Ceará, mas continuará com sua cabeça "na questão nacional". "Estou no projeto nacional há 12 anos. Eu continuo militando na política do Brasil, agora em nome de uma fração importante da população do Ceará que me dá legitimidade", disse nesta manhã após votar.

FORÇAS NO CONGRESSO

Na avaliação da consultoria Arko Advice, o PT --que hoje tem 81 deputados-- deve eleger uma bancada semelhante à atual, com 70 a 85 representantes. Já o Diap prevê uma redução para 60 a 75 deputados.

Na avaliação do Diap e da Arko, o PMDB, que elegeu 75 deputados em 2002 e hoje conta com 78, em virtude do tradicional troca-troca dos parlamentares, terá a maior bancada na Câmara em 2007 e vai disputar com o PFL a maioria no Senado. O Diap fala de 80 a 95 deputados para o PMDB.

A Arko acha que os pefelistas, bem estruturados no Norte e Nordeste, devem eleger de 65 a 80 deputados. O Diap projeta uma bancada de 75 a 90 deputados.

Com relação ao PSDB, há divergências. A Arko prevê a eleição de 65 a 80 tucanos e o Diap de 70 a 85.





Fonte: Reuters

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