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Politica Brasil
Quarta - 27 de Setembro de 2006 às 08:02

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O debate em Santa Catarina, promovido pela RBS TV, contou com a presença de sete dos oito candidatos ao governo do Estado e manteve o tom ameno de todos os outros encontros realizados durante o período eleitoral.

Nenhum dos participantes fez acusações graves contra os concorrentes, mas o alvo principal das críticas foi Luiz Henrique da Silveira (PMDB) que tenta reeleição e, segundo a última pesquisa Ibope, deve garantir a vitória já no primeiro turno.

Esperidião Amin (PP), principal adversário de LHS, atirou diversas vezes contra o rival. Citou a multiplicação dos gastos com o funcionalismo, redução no investimento na segurança e lembrou do mais recente escândalo de corrupção do governo estadual: a prisão do ex-assessor especial da Secretaria da Fazenda, Aldo Hey Neto, pela Polícia Federal. O pepista também aproveitou para pedir votos sob o argumento de que "no segundo turno os candidatos poderão se explicar com mais detalhes", disse.

LHS se defendeu quanto ao caso de Aldo Hey ao afirmar que o ex-assessor foi demitido exemplarmente por Eduardo Pinho Moreira, atual governador do Estado. Moreira assumiu o cargo com a licença de LHS para se dedicar à campanha. O candidato peemedebista utilizou suas perguntas para lembrar das obras realizadas nos últimos quatro anos, principalmente as melhorias nas estradas estaduais. LHS também citou a política cultural, habitacional e programas fiscais. "Quero continuar a descentralização e impedir que Santa Catarina volte para trás", falou.

O candidato do PT, José Fritsch, lembrou diversas vezes de seu grande aliado político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Fritsch tenta pela segunda vez ingressar no legislativo estadual e acusou os governos anteriores (LHS e Amin) de investir pouco em educação, saneamento e segurança, além de endividarem o Estado sem resultados práticos. "Parece que eles estão disputando quem fez pior", falou o petista sobre a pergunta e resposta entre seus adversários principais. O petista também lembrou das dúvidas quanto à implantação do Ballet Bolshoi em Joinville, na época em que LHS era prefeito, e perguntou sobre a "CPI da sapatilha".

Em quarto colocado nas pesquisas, Antônio Carlos Sontag (PSB) preferiu não atacar diretamente os rivais e valorizou sua história como empresário. Para ele, o funcionalismo público deve receber investimentos em capacitação e profissionalização de acordo com a cultura da iniciativa privada. Lembrou da situação dos hospitais e disse que quer ser o "governador da Saúde, com uma gestão eficiente e que pensa nas pessoas".

Manoel Dias (PDT) falou da principal proposta de sua candidatura: a educação. Ele lembrou que o tema é prioridade para o presidenciável Cristovam Buarque (PDT) e prometeu levar a Universidade do Estado (Udesc) "para todas as regiões de Santa Catarina". João Fachini (PSOL) bateu na tecla do endividamento e na preferência dos governos pelo setor privado.

O candidato constantemente colou sua imagem com a candidata de seu partido a presidente da República. "Não será Alckmin nem Lula, quem ganha a eleição é Heloísa Helena", disse. O candidato do PTC, Elpído Neves, que ainda não pontuou nas pesquisas, prometeu investimentos em educação, saúde, segurança, cultura e melhorias no sistema tributário.

César Alvarenga (PSDC) foi o único dos candidatos a não participar do debate. O motivo é a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que garantiu isonomia apenas aos candidatos de partidos com representação mínima na época das convenções partidárias.





Fonte: Terra

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