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Internacional
Quarta - 20 de Setembro de 2006 às 07:38

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O presidente Hugo Chávez disse na terça-feira que em alguns anos a Venezuela será uma "fortaleza inexpugnável", e anunciou novas aquisições militares apesar da resistência dos Estados Unidos, que consideram excessivas as compras de armas anunciadas pelo país latino-americano.

Washington proibiu, no começo do ano, a venda de material bélico com tecnologia norte-americana para Caracas, em meio a um conflito verbal ácido entre ambos os governos. A Venezuela afirma estar apenas modernizando suas Forças Armadas.

"Vamos converter a Venezuela, em poucos anos, em uma verdadeira fortaleza inexpugnável, do ponto de vista militar. Nada nem ninguém poderá se meter com a Venezuela", disse o mandatário em um ato militar celebrado em Maracay e transmitido pela emissora de televisão estatal.

Chávez disse que comprará aviões de transporte russos Antonov e aviões de treinamento, mas não deu detalhes sobre a quantidade de aeronaves, nem sobre o montante da operação.

"Compraremos alguns aviões Antonov russos, similares ou até melhores que os Hércules, para ter uma boa frota de transportes ... e estou muito interessado em alguns aviões de treinamento", anunciou antes de partir para Nova York, onde participaria da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas.

A Venezuela assinou com a Rússia um contrato de 3 bilhões de dólares para o fornecimento de material bélico, que inclui 53 helicópteros MI e 24 caças Sukhoi 30, além de 100.000 fuzis Kalashnikov — dos quais metade já entrou no país.

"Já assinamos o contrato para os helicópteros russos, que são 14 helicópteros de ataque de última geração. Eles começarão a chegar no próximo ano ..., em dezembro chegarão os primeiros Sukhoi venezuelanos", declarou.

Recentemente, Chávez disse que tem intenção de adquirir um sistema de defesa antiaéreo.

Os EUA, que consideram o militar reformado uma ameaça para a estabilidade democrática da região, bloqueou a venda de aviões brasileiros e espanhóis para a Venezuela, alegando que o país não coopera o suficiente na luta contra o terrorismo.

As relações entre Caracas e Washington se deterioram desde 1999, com a chegada de Chávez ao poder. Ele afirma estar implantando um governo "revolucionário socialista" no país, que é o quinto maior exportador mundial de petróleo.

Apesar das acusações mútuas, ambos os países mantêm uma intensa relação comercial.

"Se quer a paz, prepare-se para a guerra. E é isso que nós fazemos, preparando-nos para a guerra, porém exatamente para evitar que a guerra chegue a nós", afirmou Chávez, que assegura que a Casa Branca planeja invadir o país e apoderar-se de seus ricos recursos naturais.

"Queremos a paz, porém temos que nos preparar para que os agressores de sempre não nos invadam", enfatizou.





Fonte: Reuters

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