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Internacional
Terça - 19 de Setembro de 2006 às 16:33

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A oposição buscou nesta terça-feira, na tribuna do Senado, criar um clima de crise institucional com o episódio do "dossiê Serra".

Os senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM), Jorge Bornhausen (PFL-SC) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) aproveitaram o plenário para fazer duríssimos ataques ao governo, ao PT e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Virgílio qualificou a tentativa de envolver tucanos na máfia dos sanguessugas de "falta de escrúpulos" (do governo) elevada ao ponto máximo.

"E não venham me dizer que o presidente Lula não estava sabendo do que estava se passando (...) sobre a compra de um dossiê falso de um vigarista, com dinheiro que eu vou querer saber de onde vem", disse Virgílio pouco antes de subir à tribuna do Senado.

O senador deu a entender ainda que o "dossiê Serra" foi montado para tentar "virar o jogo" de uma eleição em São Paulo e consolidar uma suposta vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em primeiro turno para eleição presidencial.

"Isso prenuncia crise institucional neste país (...) estamos construindo todo um arcabouço de uma futura crise institucional no país porque não estamos sendo governados por pessoas equilibradas", afirmou Virgílio.

Tasso voltou a cobrar respostas sobre o origem dos 1,7 milhão de reais apreendidos na sexta-feira pela Polícia Federal e afirmou que o presidente Lula está sob seríssima suspeita de envolvimento no caso de desvio de recursos públicos (...) obtidos por meios ilegais.

Já o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen, atacou o ex-sindicalista Jorge Lorenzetti, acusado de envolvimento na compra do dossiê, e o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

"Lembro muito bem que o Banco do Estado de Santa Catarina foi federalizado e que a nomeação do senhor Jorge Lorenzetti foi uma nomeação direta do presidente Lula em homenagem aos churrascos que ele vem fazer aqui no Palácio do Planalto", disse na tribuna do Senado, transmitido pela TV Senado.

Ele voltou a dizer que a atuação do ministro da Justiça precisa ser acompanhada porque, segundo ele, tem sido o advogado criminalista do presidente Lula.

"Eu recebi, antes de subir nesta tribuna, da parte do senhor Luís César Ramos Pereira, de um escritório de advocacia de São Paulo, uma e-mail que diz: o advogado do Freud foi, durante muito tempo, estagiário do escritório do Dr. Bastos, atual ministro da Justiça. Lá trabalhou como advogado júnior (...) É evidente que se trata mais uma ação do criminalista em favor do seu cliente Luiz Inácio Lula da Silva."

Para o senador pefelista, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) será isento nas investigações.

"Confiando na Justiça e, repito, nas urnas e na indignação do eleitor brasileiro, nós esperamos colocar este país novamente no caminho da moralidade, da decência, da transparência e da competência", disse.





Fonte: Reuters

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