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Politica Brasil
Sábado - 16 de Setembro de 2006 às 14:43

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de "abominável" a tentativa de compra de documentos que mostrariam o suposto envolvimento de José Serra, candidato tucano ao governo de São Paulo, e Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência, com a máfia dos sanguessugas.

"Eu acho que um dossiê contra o Serra é um dossiê igual a tantos outros dossiês que circulam por esse país. Eu acho abominável as pessoas tentarem comprar notícias", disse Lula ao deixar Acaracuju, onde fez um comício na noite desta sexta-feira.

A Polícia Federal prendeu ontem Valdebran Padilha e Gedimar Pereira Passos, suspeitos de participar da tentativa de compra de documentos contra tucanos. Padilha é ex-tesoureiro do PT em Mato Grosso e Passos se apresentou como advogado do partido naquele Estado. A PF apreendeu cerca de R$ 1,7 milhão --R$ 1,168 milhão e mais US$ 248 mil --que estava com eles num hotel da zona sul de São Paulo.

Os dois foram detidos após a PF voltar a prender Luiz Antônio Vedoin, sócio da Planam --empresa acusada de liderar a máfia das ambulâncias. A suspeita é que o dinheiro seria usado para comprar os documentos que seriam levados para São Paulo. Alckmin

O candidato à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin, vinculou o PT às prisões de Vedoin e Padilha. "O PT não aprende com a crise. A pergunta que se faz é: para quem isso serve?", perguntou o tucano.

Ontem à noite, Alckmin cobrou explicações do caso. 'O fato grave que precisa ser investigado é o crime, o vale-tudo que nós estamos vendo por parte do PT.'

O presidenciável disse não temer que possa aparecer foto sua com alguém da Planam. 'Isso não vai acontecer, não tem foto nenhuma. Aliás, é dever mostrar o que tiver, mostrar foto, mostrar documentos. A sociedade exige isso, nós exigimos isso: apresentem, mostrem', disse.

Segundo Alckmin, o caso revela chantagem e corrupção. 'O fato é que são criminosos fazendo chantagem, querendo confundir a opinião pública, corrompendo pessoas', afirmou.

Serra chamou de 'baixaria' a suposta tentativa do sócio da Planam, Luiz Antônio Vedoin, de vender denúncias de que o esquema da máfia dos sanguessugas foi beneficiado durante a gestão do tucano como ministro da Saúde.

"O que eu sei é que a Polícia Federal deteve gente transportando R$ 1,7 milhões destinados a pagar uma baixaria de campanha que estão fazendo contra a minha candidatura", afirmou ele, em uma rápida declaração concedida ao "Jornal Nacional", da Rede Globo.





Fonte: Folha Online

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