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Saúde
Sábado - 09 de Setembro de 2006 às 13:00

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A ejaculação precoce é um problema psicológico, provocada pela ansiedade, e por isso também necessita de tratamento psicoterápico, avaliam médicos e psicólogos.

Segundo Cassandra França, professora de psicanálise da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), os estudos mostram que os ejaculadores precoces têm dificuldades causadas por problemas nos relacionamentos afetivos.

"Essa ansiedade exacerbada é uma dificuldade de aprofundar a vinculação afetiva. A pressa em terminar a relação é acompanhada por uma pressa de se ausentar da relação afetiva. Em geral, esses homens são abandonados pelas mulheres, gerando grande sofrimento."

Para ela, o problema demanda psicoterapia. "É preciso tratar a causa da ansiedade, não apenas os efeitos", diz França, cuja tese de doutorado é sobre o tema. O tratamento envolve uso de ansiolíticos por dois a três meses e terapia por dez a 12 meses.

Para o urologista Miguel Srougi, a ansiedade muitas vezes está relacionada com a forma com que o homem encara sua companheira. "Com as [mulheres] que são mais exigentes, ele tende a ficar mais ansioso e gozar rápido." Ele cita a chamada ansiedade de performance, gerada pelo próprio problema. "O sujeito falhou uma, duas vezes. Na terceira, fica ansioso, querendo penetrar rápido, e isso agrava o quadro."

Uma dica que o médico dá aos pacientes é investir nas preliminares. "Ele tem que ir para a cama e exagerar no jogo amoroso, só pensando em satisfazer a mulher. Quando vê a mulher excitada, ele se acalma e relaxa."

Um estudo sobre a vida sexual do brasileiro, coordenado pela psiquiatra da USP Carmita Abdo, constatou que 25,8% dos homens se queixam de ejaculação precoce. O maior índice foi no Ceará, com 28%, e o menor no Pará, com 10%.





Fonte: Folha de S. Paulo

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