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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Segunda - 04 de Setembro de 2006 às 07:55

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O Catar tornou-se nesta segunda-feira o primeiro país árabe a prometer soldados para a força da Organização das Nações Unidas (ONU), destinada a manter a paz entre Israel e os guerrilheiros do Hizbollah no sul do Líbano.

O Estado do Golfo disse que vai contribuir com entre 200 e 300 soldados na força da ONU e planeja mandar um avião civil a Beirute, apesar do bloqueio aéreo e naval israelense que já dura quase oito semanas.

O envio dos soldados foi anunciado pelo ministro das Relações Exteriores do Catar, Hamad al-Thani, ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, em Doha.

Falando a repórteres, Annan disse que a ONU espera que a força expandida seja uma "manifestação de solidariedade internacional" ao Líbano. Ele também exortou Israel a encerrar o bloqueio ao país árabe.

"Estamos usando a influência da ONU para levantar o embargo, principalmente no momento em que o Líbano tenta reconstruir... Precisa ter permissão para reconstruir. Faço um chamado para Israel cooperar", disse Annan.

O Catar, que tem uma política diferente de outros países conservadores do Golfo Árabe, mantém poucas relações com Israel. Mas é importante aliado dos EUA e abriga uma grande base militar norte-americana.

"O Catar tem relações com Israel e como resultado disso Israel não tem objeção à sua participação na força", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense, Mark Regev.

A Itália terá o maior contingente na força conhecida como UNIFIL 2, que será enviada ao sul do Líbano, conforme determinação da ONU no cessar-fogo de 14 de agosto, depois dos 34 dias de guerra entre Israel e o Hizbollah.

O governo finlandês aprovou um plano para enviar 250 soldados ao Líbano, disse nesta segunda-feira o primeiro-ministro Matti Vanhanen. A maior parte chegará no começo de novembro e deverá ficar até o final de 2007. A maioria da força finlandesa será formada por engenheiros, de acordo com o plano.

CATAR RETOMA VÔOS

Israel mantém o bloqueio no Líbano desde 13 de julho e não encerrrou a medida depois da trégua, afirmando que o objetivo é impedir o rearmamento do Hizbollah.

A Qatar Airways anunciou no domingo que vai retomar seus serviços diretos a Beirute, apesar da exigência de Israel de que os vôos passem por Amã, na Jordânia, por motivos de segurança. O primeiro avião da Qatar Airways está programado para pousar em Beirute às 12h30 (9h30 de Brasília).

Israel disse que vai permitir a retomada dos vôos diretos da Qatar Airways. "Temos que dizer que não vamos agir contra isso," disse uma autoridade do governo israelense.

O ministro do Transporte do Líbano, Mohammed Safadi, disse no domingo que o governo quer abrir o aeroporto de Beirute para todos os aviões e ignorar as restrições de Israel.

Annan visitou na última semana o Líbano, Israel, a Cisjordânia, a Jordânia, o Catar, a Síria e o Irã.

Ele disse ter obtido apoio dos presidentes da Síria e do Irã, principais patrocinadores do Hizbollah, para a implementação da resolução da ONU sobre o Líbano que encerrou a guerra que matou quase 1.200 libaneses e 157 israelenses.

A Itália prometeu 3.000 homens para a força da ONU, que tem no momento 2.000 soldados no Líbano. O objetivo é chegar a 15.000, para ajudar a manter a trégua. O Exército libanês também está enviando 15.000 soldados para a região volátil.

Cerca de 900 soldados italianos, com apoio de cerca de 150 veículos, entraram no sul do Líbano no fim de semana. Eles deverão posicionar-se em regiões a leste e ao sul da cidade portuária de Tiro.





Fonte: Reuters

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