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Polícia Brasil
Sábado - 02 de Setembro de 2006 às 04:00

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A operação Toupeira, da Polícia Federal, que resultou em 39 prisões de suspeitos que seriam vinculados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e também frustrou plano de assalto a duas agências bancárias de Porto Alegre (RS), foi viabilizada por um cartão de recarga de celulares pré-pagos. Foram detidas pessoas nos Estados do Rio Grande do Sul, Alagoas, Piauí e Paraíba. Na capital gaúcha, 26 foram presos.

O cartão foi encontrado por agentes na casa usada pela pela quadrilha que furtou R$ 164,7 milhões da sede do Banco Central (BC) em Fortaleza com o código raspado. Apesar disso, a PF conseguiu identificá-lo e, por meio dos números, descobriu o telefone que tinha recebido os créditos e passou a monitorá-lo.

O celular continou sendo usado e pertiu à polícia prender, no Ceará, em agosto, Edmar Bezerra, suspeito de participar do furto milionário. Com ele, apreenderam celular com os números de outros 12 telefones suspeitos, todos funcionando no Rio Grande do Sul. Escutas realizadas nesses aparelhos possibilitaram à PF descobrir o plano de assalto em curso na capital gaúcha, por meio de túnel escavado em um prédio na esquina da avenida Mauá com a rua Caldas Júnior, no centro financeiro da cidade - método idêntico ao adotado em Fortaleza. O túnel, com cerca de 80 metros de extensão, ia direto para agências da Caixa Econômica Federal e do Banrisul.

Com a informação, a polícia esperou que a escavação do túnel se aproximasse do fim, pois tinha a informação de que os chefes do bando chegariam apenas na estapa final do plano, para acompanharem o furto.

Foi preso na saída do túnel em Porto Alegre um dos líderes do PCC, Carlos Alberto da Silva, o Balengo (suspeito de envolvimento no seqüestro do repórter Guilherme Portanova, da Globo). Também foi detido Lucivaldo Laurindo, o Torturado ou Tatuzão - apontado como "mentor" do furto milionário ao BC em Fortaleza e flagrado em uma casa alugada pelo PCC no bairro do Partenon, em Porto Alegre. Com ele, estava também Jean Ricardo Galean, o Jean Gordo - suspeito de envolvimento no furto das jóias da família Kubitschek, em Brasília.

Além deles, foi preso ontem, em São Paulo, Fabrísio Oliveira Santos, o Boy. Dizendo-se empresário, Santos comprou o edifício onde o túnel era escavado por R$ 1,2 milhão - já tinha pago a primeira parcela por R$ 300 mil.

Segundo túnel Ontem, após as prisões em Porto Alegre, a PF descobriu um segundo túnel em uma casa em Maceió (AL), com cerca de 80 metros de comprimento e que apontava direto para uma agência da Caixa Federal em uma das principais avenidas da capital. Cinco pessoas foram presas. A PF está convicta de que, após o furto planejado em Porto Alegre, a quadrilha partiria direto para Maceió, a fim de efetuar novo roubo.





Fonte: Terra

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