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Repórter News - reporternews.com.br
Meio Ambiente
Quarta - 30 de Agosto de 2006 às 09:06

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A tempestade tropical Ernesto não atingiu o Estado da Flórida como um furacão, como era esperado, mas segundo os meteorologistas na quarta-feira ela ainda é uma ameaça ao território norte-americano.

Quinta tempestade da atual temporada de furacões do Atlântico, a Ernesto pode ganhar força se sair para o mar na costa nordeste da Flórida, voltando aos Estados Unidos em algum ponto entre os Estados da Carolina do Norte e da Carolina do Sul no final desta semana, afirmou o Centro Nacional de Furacões, com sede em Miami.

A tempestade não ficou mais violenta, como se esperava, ao passar pelas águas quentes do estreito da Flórida, após atingir Cuba. Foram poucos os estragos provocados em Miami e nas ilhas de Florida Keys, cujos moradores fizeram fila nos postos de gasolina, esgotaram os estoques de bateria das lojas e encheram sacos de areia com medo de uma tempestade mais forte.

"O Ernesto pode perder mais força e se transformar em uma depressão tropical ainda hoje", afirmou o centro de furacões.

Com a aproximação da tempestade, autoridades declararam estado de emergência na Flórida. Os turistas receberam ordens para se retirar de Florida Keys, escolas e tribunais foram fechados, algumas empresas aéreas cancelaram seus vôos e os portos deixaram de funcionar. Mas os surfistas aproveitavam as grandes ondas surgidas em Miami Beach, alguns restaurantes e bares de áreas turísticas mantiveram as portas abertas e o fornecimento de energia elétrica não foi prejudicado.

Rajadas de vento de 48 a 64 quilômetros por hora foram registradas na área de Miami. Não há informações sobre danos graves nem sobre feridos, apesar de meios de comunicação locais terem divulgado notícias sobre mortes resultantes de acidentes de trânsito ocorridos nas estradas escorregadias.

O cenário era bastante diferente daquele deixado pelos furacões Wilma e Katrina. Este último matou cerca de 1.500 pessoas e provocou danos de 80 bilhões de dólares. O Katrina fez com que as empresas de seguro perdessem mais de 500 milhões de dólares na região de Miami antes de atingir a costa norte-americana banhada pelo golfo do México.

O Wilma interrompeu o fornecimento de energia para mais de 90 por cento dos moradores da Flórida e deixou danos de 12 bilhões de dólares.

Às 5h (6h no horário de Brasília), os ventos da Ernesto estavam a 72 quilômetros por hora. Pouco antes, a tempestade havia passado pela região montanhosa de Cuba, onde perdeu parte de sua força.

A Ernesto matou duas pessoas no Haiti, no domingo, depois de se transformar, durante um curto período de tempo, no primeiro furacão da temporada, com ventos de ao menos 74 quilômetros por hora.

O centro da tempestade estava localizado cerca de 72 quilômetros a oeste-sudoeste de Miami e se movimentava na direção norte-noroeste a uma velocidade de 13 quilômetros por hora, afirmou o centro de furacões.

As tempestades tropicais alimentam-se das águas quentes, e especialistas do órgão norte-americano disseram ter ficado intrigados com o fato de a Ernesto não ter ganhado força no estreito da Flórida.

Depois de passar por grande parte da península da Flórida, a Ernesto pode regressar ao Atlântico antes de atingir novamente o território dos EUA.

O diretor do centro de furacões, Max Mayfield, que ficou conhecido no país todo um ano atrás, quando o Katrina inundou Nova Orleans, disse não haver previsões de que a Ernesto se transforme novamente em um furacão.

Apesar disso, os meteorologistas manteriam, na região costeira das Carolinas, o alerta sobre furacões — o que significa que os moradores da área podem se deparar com um furacão nas próximas 36 a 48 horas.





Fonte: Reuters

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