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Politica Brasil
Sábado - 26 de Agosto de 2006 às 15:46

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O presidente e candidato a reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aproveitou o comício do início da tarde em Campinas para fazer afagos ao eleitorado feminino e destilar alfinetadas nos adversários. O comício teve a presença de 6 mil pessoas, segundo autoridades locais e contou com a participação do candidato a governador, Aloizio Mercadante e do Ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim.

Lula afirmou que "desconfia" que a distribuição de 200 mil casas pelo governo estadual, alardeada pelo candidato à presidência e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tenha a participação da Caixa Econômica Federal. Só em São Paulo, segundo o presidente, mais de 380 mil famílias foram atendidas com os financiamentos do banco para a compra da casa própria.

Lula defendeu ainda o PróUni e tentou justificar com números a validade do programa. De acordo com o presidente, a resistencia do programa em São Paulo se deve ao fato da maioria dos estudantes (82%) atuarem em escola privada. "Como eles (PSDB) frequentam lugares só de ricos, eles pensam que o problema tá resolvido. Só que eles não sabem que a maioria da nossa população é pobre", disse o presidente, que tentou se diferenciar de Alckmin e de Serra. "Todos os outros (candidatos) podem ter mais estudo do que eu. Mas duvido que entendem mais da alma do Brasileiro do que eu. Esse país não dá para governar com números. O povo não é número", afirmou.

O presidente criticou ainda a ausência das crianças do ensino fundamental do estado no exame que identifica a qualidade de ensino no país e que neste ano envolveu 40 mil escolas. "Só que Deus escreve certo por linhas tortas. Quando chegou o resultado do Enem (exame para os alunos do ensino médio) São Paulo ficou em oitavo lugar", explicou o presidente, em clara tentativa de jogar a culpa no PSDB e no governo comandado até março deste ano por Geraldo Alckmin.

Ao eleitorado feminino, Lula enalteceu a nova lei que prevê prisão em flagrante para quem agredir uma mulher. E disse que a educação é importante para a emancipação feminina. Nesse momento, o presidente fazia questão de citar o nome da ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. O presidente discursou por 40 minutos e saiu sem falar com a imprensa.





Fonte: Terra

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