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Saúde
Quinta - 24 de Agosto de 2006 às 15:48
Por: Joanice de Deus

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A Secretaria de Estado de Saúde (Ses) está desenvolvendo ações que visam à promoção da saúde e a prevenção das doenças prevalentes da infância, objetivando a redução da mortalidade infantil. Entre estas estratégias estão a “Promoção ao aleitamento materno”, a “Atenção Integrada às Doenças Prevalentes da Infância (AIDPI)” e o “Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento da Criança”.

“O nosso objetivo principal é a redução da mortalidade infantil. Em 2005, a taxa do Estado foi de 16.9 mortes por mil nascidos vivos. O Ministério da Saúde considera como índice aceitável até 20 óbitos para mil crianças nascidas vivas. Mato Grosso tem meta de reduzir ainda mais os índices”, informou a assistente social da Área da Saúde da Superintendência de Saúde Integral (Suais) da Ses, Sônia Pereira da Silva.

Conforme Sônia da Silva, o incentivo ao aleitamento é um importante instrumento para melhorar ainda mais esse índice porque o leite materno evita a desnutrição, reduz os casos de diarréias e infecções respiratórias e fortalece o sistema imunológico do bebê. “O leite materno, em especial, o colostro de cor amarelada e que sai nos primeiros dias após o parto, é rico em anticorpos e é uma vacina natural que protege o bebê contra infecções, doenças respiratórias e icterícia (amarelão)”, informou.

Sônia da Silva lembrou que esse leite é suficiente para a criança até o 6º mês de vida. “O bebê não precisa de água ou chá enquanto estiver recebendo só o leite materno, porque o seu leite tem tudo o que ele precisa”, disse. Após o 6º mês, o bebê poderá começar a receber outros alimentos que o pediatra irá receitar, além do leite da mãe.

Está previsto ainda, no Plano de Trabalho Anual (PTA) da Ses para 2007, a realização do projeto “Vovós Amigas da Amamentação” cuja finalidade é aumentar a conscientização da necessidade do aleitamento materno. A Semana do Aleitamento Materno (1º a 7º de agosto), que aconteceu em todos os municípios do Estado, também foi uma das ocasiões em que essas estratégias foram discutidas e ampliadas.

Dentro das estratégias de incentivo ao aleitamento materno estão sendo desenvolvidas ainda ações que vão desde a capacitação das equipes do Programa da Saúde Família (PSF) para que sensibilizem os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), responsáveis pelas visitas domiciliares, a orientar as mães sobre a importância de amamentar as crianças a de seminários envolvendo os Escritórios Regionais de Saúde (ERS) e Hospitais Regionais e da Baixada Cuiabana.

Outro esforço realizado é a implantação do Hospital Amigo da Criança, uma iniciativa reconhecida pelo Ministério da Saúde e que visa mobilizar os funcionários dos estabelecimentos de saúde para que incentivem o aleitamento materno e mudem condutas e rotinas responsáveis pelo desmame precoce.

No Estado, quatro hospitais, o Regional de Rondonópolis, Municipal de Poxoréo, de Paranatinga e de Santo Antônio de Leverger já estão se adequando para receber uma pré-avaliação do Estado e, depois, do Ministério da Saúde que resulte no credenciamento desses estabelecimentos de saúde para desempenharem o papel de Hospital Amigo da Criança.

Para a redução do desmame precoce também vem sendo difundida no Estado a Norma Brasileira de Comercialização de: Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância – NBCAL, que regulamenta a comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância como bicos, mamadeiras, chupetas e alimentos infantis. A lei nº 11.265 de 03/01/06 proíbe a promoção de produtos infantis nas prateleiras dos estabelecimentos comerciais.

Segundo Sônia da Silva, a Atenção Integrada às Doenças Prevalentes da Infância (AIDPI)é uma “proposta que visa tratar a criança como um todo. A estratégia AIDPI permite avaliar de maneira sistemática os principais problemas e doenças que afetam a saúde das crianças para detectar e tratar qualquer sinal geral de perigo ou doença específica”, explicou.

O Ministério da Saúde também repassou aos municípios a “Caderneta de Saúde da Criança”, que é considerada um importante instrumento de vigilância da saúde do bebê. Além da identificação do recém-nascido, do acompanhamento do crescimento, desenvolvimento e vacinação, a caderneta traz informações sobre a saúde bucal, alimentação saudável, espaços para preenchimento de ocorrências clínicas, tratamentos efetuados e dicas de saúde, entre outras.

A realização do Teste do Pezinho, que deve ser feito entre o 5º e o 30º dia após o nascimento, é outro instrumento de proteção à saúde do recém-nascido. O Teste do Pezinho detecta doenças como a “fenilcetonúria” (doença hereditária e que se caracteriza pela falta ou deficiência de uma enzima) e “hipotireoidismo” (causado pela falta de uma enzima e que impede o crescimento e desenvolvimento de todo o organismo inclusive o cérebro).

Outro destaque é o Comitê Estadual de Investigação ao Óbito Materno e Infantil constituído recentemente e que visa identificar e investigar os óbitos ocorridos para evitar com isso que situações de risco dos binômios mãe e bebê possam ocorrer. “O Comitê vem realizando um trabalho de incentivo a implantação dos comitês regionais para que o trabalho se concretize no Estado todo”, disse Sônia da Silva.





Fonte: Da Assessoria

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