Três pessoas, sendo uma mulher, foram presas na madrugada deste sábado (16), em Santo Antônio do Lerverger, a 35 quilômetros de Cuiabá, por suspeita de torturar e tentar matar um homem no início deste mês. Conforme a Polícia Civil, os suspeitos se passaram por colegas da vítima e a levaram para um local onde espancaram e atearam fogo no corpo dela. Eles confessaram parte do crime.
"Eles falaram que fizeram isso por vontade de bater. Não tem um motivo específico", disse uma escrivã da Polícia Civil, que colheu os depoimentos. Além dos três, a Justiça expediu mandado de prisão contra um quarto suspeito de participação na tentativa de homicídio, que encontra-se foragido.
Os quatro suspeitos espancaram a vítima com um pedaço de madeira e socos. Um dia depois, de acordo com a polícia, voltaram ao local do crime e, quando viram que o homem não tinha morrido, compraram álcool e atearam fogo nele. Menos de uma semana após o crime, os suspeitos foram detidos e liberados depois de prestar depoimento, já que tinha passado o período de flagrante, de 48 horas. "A população se revoltou com a situação", contou a escrivã.
A vítima foi encontrada por um morador caída no chão em um matagal. Em seguida, a Polícia Militar foi até o local e constatou que o homem estava vivo. Primeiro, ele foi levado para o hospital municipal de Santo Antônio de Leverger e depois transferido para o Pronto-Socorro de Cuiabá, onde encontra-se internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Consta no boletim de ocorrência que ele chegou na unidade desacordado, com hipotermia, porque ficou dois dias caído em uma poça d"água com queimadura de segundo grau na coxa direita e abdome. Também teve fratura no crânio.
A polícia informou ainda que os suspeitos se passaram por colegas da vítima e a chamaram para beber durante uma festa pré-carnaval realizada na cidade. No entanto, a engaram e no caminho começaram a agredí-la sem nenhuma motivação. No entanto, os três que já foram presos negam terem ateado fogo na vítima e assumem a autoria da sessão de espancamento.
Comentários