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Meio Ambiente
Quarta - 23 de Agosto de 2006 às 04:35

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A companhia petrolífera filipina Petron, proprietária do petróleo que vazou de um navio e provocou a maior maré negra da história das Filipinas, afirmou hoje que a responsabilidade legal pela limpeza não é sua, e sim do proprietário do petroleiro afundado.

"A Petron, como só possui a carga, não causou o vazamento e não teve participação alguma na operação da embarcação que originou o infeliz incidente", argumentou a companhia, segundo a rede de televisão ABS-CBN.

"A responsabilidade recai sobre o proprietário da embarcação (Sunshine Maritime Corporation), coberto por um seguro contra acidentes", acrescentou a Petron.

O navio Solar 1 naufragou devido às fortes ondas que no dia 11 de agosto atingiram o estreito de Guimarães, cerca de 500 quilômetros ao sul de Manila. O navio transportava mais de 2 milhões de litros de petróleo, o equivalente a 12.600 barris.

A embarcação se encontra a cerca de 900 metros de profundidade, no fundo do mar. Na terça-feira, o casco sofreu uma nova rachadura e começou a vazar cerca de 200 litros de petróleo por hora.

Segundo a organização ambientalista Greenpeace, que visitou a área afetada com seu navio Esperanza, que se encontrava nas Filipinas como parte de uma campanha mundial contra a poluição marinha, o Solar 1 já perdeu 10% de sua carga.

"Cerca de 320 quilômetros de costa estão cobertos por uma grossa crosta de petróleo. Milhares de recifes de coral e mangues foram afetados e 1.100 hectares de reserva marinha estão gravemente danificadas", denunciou o Greenpeace.

A organização e as autoridades locais acusaram o Governo central de não atuar com rapidez e determinação na catástrofe ambiental.

A Petron, apesar de sua posição legal np assunto, hoje publicou um anúncio de três quartos de página no maior jornal do país para prometer que faria "o possível para conter o vazamento e limpar as áreas poluídas".

A companhia petrolífera também prometeu que permaneceria em Guimarães até concluir a limpeza e que depois trabalharia com os grupos locais na reabilitação do ecossistema marinho danificado.




Fonte: EFE

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