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Meio Ambiente
Quarta - 23 de Agosto de 2006 às 01:48

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Formigas da espécie Odontomachus bauri, mais conhecidas como formigas-de-estalo, mordem a uma velocidade de 100 Km/h ¿ ou 2,3 mil vezes mais rápido que um piscar de olho, revelaram imagens digitais em alta velocidade.

A nova medição deu a essas criaturas, nativas da América do Sul e Central, o recorde de rapidez com que um animal move suas partes do corpo.

As fotos mostraram ainda que as formigas usam a mandíbula para outros fins além de proferir mordidas com uma força 300 vezes maior que o peso do seu corpo. Mordendo o chão, elas são capazes de arremessar a si mesmas para fugir de perigos iminentes.

Física A pesquisadora Sheila Patek, da Universidade da Califórnia, Berkeley, disse que é tudo uma questão de "física simples". "As mandíbulas destas formigas são relativamente curtas. Desferem mordidas poderosas porque conseguem acelerar muito rapidamente", disse a pesquisadora, que fez suas pesquisas de campo na Costa Rica e as publicou na revista Proceedings of the National Academy.

O co-autor do estudo, Andy Suárez, da Universidade de Illinois, explicou o mecanismo pelo qual as formigas se "auto-arremessam" para fugir de algum perigo.

"Se elas mordem alguma coisa muito dura para ser esmagada, o impacto as precipita para cima", disse o cientista. Este efeito rebote projeta o inseto em um vôo breve e acidental, que termina em um pouso forçado alguns centímetros adiante.

A jornada pode parecer caótica e desconfortável, mas as formigas são leves demais para se ferirem nesta desventura. Na verdade, a doutora Patek e sua equipe agora comprovaram que elas às vezes realizam vôos voluntariamente. A manobra permite às formigas escapar de predadores como lagartos, que atacam rapidamente e não se intimidam com as ferroadas.

Além disso, o ¿efeito-pipoca¿ de várias formigas pulando ao mesmo tempo pode servir para confundir outros animais. "Os resultados nos mostram maneiras surpreendentes e interessantes como um único sistema mecânico pode ser usado para comportamentos tão distintos", afirmou a pesquisadora.




Fonte: BBC Brasil

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