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Saúde
Terça - 22 de Agosto de 2006 às 07:33

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Um grupo de cientistas chineses anunciou hoje que acredita ter descoberto a via de acesso ao corpo humano do vírus da Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars), o que até agora era uma incógnita.

A equipe conseguiu isolar a proteína 3a que ajuda na entrada e na liberação do coronavírus, que apavorou o mundo no primeiro semestre de 2003 ao causar a morte de 814 das 8.470 pessoas afetadas pelo vírus, cuja forma de contágio era desconhecida.

A proteína 3a funciona como um canal iônico, ou seja, uma estrutura protéica que permite a passagem de íons através das bicamadas lipídicas que formam as membranas biológicas das células.

Este fato explicaria a natureza altamente patogênica do coronavírus, segundo o líder da equipe de cientistas, Sun Bing, do Instituto Pasteur de Xangai, um centro ligado à Academia Chinesa de Ciências Sociais.

Esta descoberta pode ajudar a desenvolver novos métodos para o tratamento da doença, já que a proteína ajuda o vírus a entrar nas células não-contaminadas e depois colabora na liberação do vírus no interior da célula.

A proteína 3a é o primeiro canal iônico confirmado a ajudar na entrada do vírus da Sars nas células, mas, segundo Sun, desconhece-se se há outros canais de entrada.

Apesar de desde a epidemia de 2003, que afetou 32 países, o coronavírus da Sars ter sido objeto de numerosos estudos, ainda se desconhece o desenvolvimento da doença e não se conseguiu sintetizar uma vacina apropriada.

Ainda se desconhece também como se deu a passagem do vírus dos animais para os seres humanos. Os cientistas suspeitam da culinária chinesa, da qual fazem parte animais como o gato-de-algália.





Fonte: EFE

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