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Internacional
Terça - 22 de Agosto de 2006 às 05:33

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O ministro de Relações Exteriores da Itália, Massimo D''Alema, afirmou que seu país não pode enviar soldados ao Líbano se Israel "continuar atirando", apesar do cessar-fogo que entrou em vigor na semana passada, enquanto o chanceler espanhol, Miguel Ángel Moratinos, afirmou que a Espanha está "disponível" e vai "assumir plenamente seu papel" com a Força Interina da ONU (Finul).

"É justo pretender que o Hisbolá deponha as armas, mas não podemos mandar nossos soldados ao Líbano se o Exército israelense continua atirando. Esperamos um compromisso renovado e real de respeito ao cessar-fogo", disse o chefe da diplomacia italiana ao jornal romano "La Repubblica".

A composição da força multinacional será uma das questões que D''Alema vai discutir nesta quinta-feira com a ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni. Ela vai desembarcar em Roma para conversar também com o primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi, confirmaram ontem à noite fontes do Ministério de Exteriores.

D''Alema prevê que as tropas italianas, "de 2 mil a 3 mil soldados, sejam um terço do total enviado pela Europa" para integrar a Finul.

Prodi reafirmou ontem a disposição da Itália de participar da missão. Mas considerou conveniente que o Conselho de Segurança aprove uma segunda resolução devido à "complexidade" da situação.

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, sugeriu que a Itália assuma o comando da Finul. Prodi respondeu garantindo a "disponibilidade" de assumir a tarefa, mas deixando a decisão para o secretário-geral da ONU, Kofi Annan.

Enquanto isso, em entrevista ao jornal francês "Sud Ouest" o chanceler Moratinos diz que a Espanha "vai participar de maneira significativa no reforço" da Finul, que deve passar nos próximos meses dos atuais 2 mil soldados para 15 mil.

No entanto, o chefe da diplomacia espanhola não revelou números definitivos sobre a contribuição espanhola para o contingente militar internacional.

Na entrevista, ele afirma que a Europa está unida na solução do conflito, e não "ancorada em antagonismos". Ele também defendeu a participação da Síria na busca de uma solução para a crise.




Fonte: EFE

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