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Saúde
Sexta - 18 de Agosto de 2006 às 13:12
Por: Carolina Miranda

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A Secretaria de Estado de Saúde (Ses) promove no próximo dia 25 de agosto, a partir das quatro horas da tarde, na Escola de Saúde Pública, uma palestra educativa voltada aos profissionais que trabalham com pacientes de Hanseníase dos municípios de Cuiabá e Várzea Grande. Na palestra serão abordadas novas informações, instruções e orientações técnicas na abordagem e atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde com temas voltados para o tratamento do Pé em Risco e a manutenção e distribuição das hórteses simples. Entre os dias 21 a 24 de agosto, representantes da Federação Internacional das Associações de Combate a Hanseníase e do Ministério da Saúde estarão em Mato Grosso para uma visita técnica aos municípios de Rondonópolis, Cáceres e Cuiabá, para conhecer as sapatarias que confeccionam órteses para pacientes que sofrem do pé em risco. “Essas visitas servem para que possamos aperfeiçoar cada vez mais o atendimento, buscando minimizar as possíveis falhas e adequar nossas técnicas de tratamento às normas preconizadas pelo Ministério da Saúde, sempre visando a reabilitação desses pacientes”, enfocou a técnica da Saúde, Eliane Esperandio. A Área Técnica da Hanseníase da Secretaria de Estado de Saúde trabalha com o objetivo de monitorar as ações desencadeadas nos pólos regionais e nos municípios do Estado através do sistema Nacional de Informação. Além disso desenvolve projetos de capacitação, oficinas de atualização e presta assessoria técnica nos municípios considerados prioritários pelo Estado para o enfrentamento à hanseníase. Na batalha contra a Hanseníase a Ses conta com a parceria do Ministério da Saúde e das Secretarias Municipais de Saúde. “Nós gerenciamos a aplicação da política do Ministério da Saúde e supervisionamos o combate à doença junto aos municípios”, explicou Eliane. “Fazemos isso investindo na qualificação e na sensibilização desses profissionais para que possam atuar no efetivo combate à doença e no fortalecimento das ações”. No ano de 2005, foram registrados 3.618 casos novos, o que corresponde uma média de 13 casos para cada 10.000 habitantes, alcançando um índice de 82% de cura e 12% no abandono ao tratamento. “A meta da Secretaria é reduzir esse número para um caso em cada 10 mil habitantes o que preconiza o Ministério da Saúde, desse modo promovendo a cura da doença até alcançar a eliminação da hanseníase como problema de Saúde Pública no Estado”, ressaltou a técnica. Durante o primeiro semestre de 2006, foram constatados cerca de 2.000 casos novos. “Continuamos buscando atingir os 90% de cura preconizada pelo Ministério da Saúde, intensificando os treinamentos dos profissionais para aumentar a cobertura das ações de diagnóstico, o tratamento e a prevenção de incapacidades e a reabilitação física dos pacientes”, completou. O QUE É HANSENÍASE - A hanseníase é uma doença causada por uma bactéria, a Micobacterium leprae. É propagada quando uma pessoa portadora da doença fala, tosse ou mesmo respira muito próximo a alguém que não tem ainda a bactéria. Eliane ressaltou que “essa propagação só acontece quando a pessoa não está em tratamento. Assim que ela entra em tratamento passa a não mais transmitir a hanseníase”. Alguns fatores, como o uso de água tratada, prática de saneamento básico, condições habitacionais confortáveis podem diminuir a ocorrência da doença. A migração elevada e as grandes periferias urbanas, onde a qualidade de vida é baixa, são fatores que podem facilitar a disseminação da hanseníase, mas não são as causas fundamentais de sua propagação. Atualmente a contaminação por hanseníase é creditada à uma fraqueza do sistema imunológico do seu portador e tem como principal característica a inflamação de terminações nervosas. O tratamento é longo porque envolve dois tipos de portadores da doença: os transmissíveis e os não-transmissíveis. Para os doentes que transmitem a doença o tratamento demora um ano e consiste na ingestão de comprimidos de rifampicina, dapsona e clofazimina. Já para tratar os pacientes que não são transmissores da hanseníase são usados apenas comprimidos rifampicina e dapsona e o período é de apenas seis meses. O tratamento é feito pela pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é totalmente gratuito.




Fonte: Da Assessoria

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