Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Domingo - 13 de Agosto de 2006 às 18:33

    Imprimir


O alto representante de Política Externa e Segurança da União Européia, Javier Solana, anunciou hoje que os 25 países do bloco estão preparados para contribuir com 4 mil soldados para o posicionamento de uma força da ONU no sul do Líbano. Solana fez o anúncio esta tarde, em Jerusalém, em entrevista coletiva conjunta com a ministra de Assuntos Exteriores de Israel, Tzipi Livni, com quem havia se reunido pouco antes.

O alto representante afirmou, no entanto, que a força multinacional que será postada no sul do Líbano para apoiar o Exército libanês no controle da região "não é uma missão européia, mas da ONU", e, por isso, também será integrada por outros países, como a Indonésia.

Livni disse que a força internacional deve "ser efetiva no terreno", de acordo com a resolução 1701 aprovada há dois dias pelos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, e que Israel não se opõe à participação de países muçulmanos.

A chefe da diplomacia israelense voltou a afirmar que a missão, que contará com um total de 15 mil homens, que passarão a integrar a Finul (Força Interina das Nações Unidas para o Líbano), "não deve se restringir a um trabalho de observação, mas estar preparada para atuar, caso seja necessário".

"Como europeus, faremos tudo o que esteja a nossa alcance para ajudar na implementação da resolução", afirmou Solana.

O alto representante mencionou o "aspecto humanitário e a ajuda à reconstrução do Líbano, assim como o posicionamento de uma força que acompanhará o Exército libanês e a execução das obrigações que emanam da resolução da ONU".

Solana afirmou que a "UE contará com um importante contingente na força que será destacada como parte do novo mandato da Finul".

"Com isto, contribuiremos para a estabilização do Líbano e para a paz na região", afirmou.

Livni insistiu na "necessidade trazer os soldados capturados (pelo Hisbolá), de volta para suas famílias".

"Israel não descansará até que veja os soldados outra vez em casa", disse ela.

A ministra israelense declarou que após a adoção da resolução da ONU por parte do Governo israelense, "será uma questão de tempo para que o Governo libanês assuma sua responsabilidade, com a ajuda da comunidade internacional".

Livni afirmou que, durante sua reunião com Solana, foram analisadas a situação no Líbano, as relações entre Israel e os palestinos e a "ameaça (nuclear) iraniana".

A chefe da diplomacia israelense disse a Solana que o Governo libanês e a comunidade internacional estão sendo analisados neste momento.

"Esperamos que a comunidade internacional tome as decisões corretas, como a adotada pelo Conselho de Segurança", afirmou.

"Desejamos ver as forças internacionais postadas na parte sul do Líbano ajudando o Governo libanês a conseguir expulsar o Hisbolá desta região, a fim de obter a estabilidade no Líbano e que isto também seja reflexo, no futuro, das relações entre Israel e esse país", afirmou Livni.

"A comunidade internacional tem uma missão e objetivos a cumprir, e esperamos que sejam postos em prática rapidamente", concluiu a chefe da diplomacia israelense.





Fonte: EFE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/283112/visualizar/