Ricarte nega ter feito acordos espúrios

O deputado Ricarte de Freitas (PTB), acusado por Luiz Antônio Trevisan Vedoin de ser um dos maiores beneficiados do esquema Sanguessuga em Mato Grosso, apresentou ontem sua defesa à CPMI e afirma que "jamais teve com Darci Vedoin qualquer relação que possa ser chamada de espúria". Afirmando estar tranquilo em relação às investigações da comissão e da Procuradoria Geral da República, Ricarte afirma que vai enfrentar a sua campanha à reeleição. "Vou para a luta. Vou provar minha inocência onde puder me defender".

Ricarte, assim como a maioria dos parlamentares investigados, reclama da falta de acesso aos processos. Ele afirma que só teve conhecimento do depoimento de Luiz Antônio na terça-feira, pela imprensa. "Estamos sendo condenados sem direito a defesa".

O parlamentar reforça que não recebeu passagens para Nova York e Brasília, como cita o empresário, e nem sequer os veículos Fiat Ducato e Hillux. Ele afirma que não há depósito em sua conta e nenhum recibo apresentado pelo empresário está em seu nome.

Quanto à dívida que Vedoin afirma que Ricarte tem com a família, de quase R$ 300 mil, que seriam repasses antecipados de propina, o parlamentar dispara: "como alguém deve e não vai apresentar emenda?". Ricarte confirma que conhecia principalmente Darci José Vedoin, mas destaca que a quadrilha, que sabia que estava sendo investigada, teria tido tempo para preparar as acusações. "Está tudo muito estranho", referindo-se as acusações.

Expulsão - O PTB nacional divulgou nota afirmando que vai aguardar o julgamento do STF para tomar providências quanto aos parlamentares investigados e, se confirmada a culpa, a legenda vai expulsar o parlamentar envolvido. (AF)