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Saúde
Terça - 25 de Julho de 2006 às 18:56

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A Esclerose Múltipla é uma doença auto-imune e é a causa mais comum de incapacidade neurológica em adultos jovens. Pode afetar os movimentos, causar problemas visuais e até impotência.

Atinge dois milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil não há dados precisos sobre o número de portadores, mas estima-se que seja da ordem de 25 mil pessoas.

A Esclerose Múltipla é uma doença crônica, que afeta o sistema nervoso central (cérebro, cerebelo, tronco encefálico e medula espinhal), mas ao contrário de outras doenças neurológicas como Mal de Parkinson e de Alzheimer, atinge indivíduos entre os 20 e 40 anos. A doença acomete duas vezes mais mulheres do que homens.

Caracteriza-se pela inflamação e destruição da mielina, substância que envolve os neurônios e permite a normal condução de impulsos nervosos para o cérebro e todo o corpo. Na Esclerose Múltipla a mielina lesada se transforma numa placa esclerosada (como se a região ficasse com uma consistência semelhante a de uma cicatriz).

Isto dificulta o controle de várias funções orgânicas, que resultam em distúrbios visuais, da sensibilidade, paralisia e perda da coordenação motora.

O processo pode ocorrer em diferentes partes do sistema nervoso, sob a forma de múltiplas placas, daí a denominação Esclerose Múltipla. Os sintomas podem regredir espontaneamente e retornar meses ou anos depois.

Causas

Até o momento, a causa da Esclerose Múltipla é desconhecida. Acredita-se que seja determinada por predisposição genética. Estudos realizados sugerem também que os mecanismos de defesa do organismo (sistema imunológico) estejam envolvidos no desencadeamento da doença. Em pessoas predispostas à Esclerose Múltipla, o sistema imunológico promoveria lesões na mielina ao defender o organismo contra agentes como vírus.

Sintomas

Os sintomas variam de paciente para paciente, a depender da área afetada do sistema nervoso central. As lesões podem provocar uma variedade de sintomas e sinais, que podem surgir isolados ou combinados. Os sintomas mais freqüentes são: debilidade nas pernas e braços, perda visual unilateral, falta de coordenação, formigamentos, incontinência e retenção fecal e urinária, vertigens, perda de audição, dores faciais, nos braços, nas pernas e no tronco, e impotência sexual.

Tratamento

Ainda não existe um tratamento definitivo que proporcione a cura da Esclerose Múltipla. Entre os tratamentos disponíveis, estão os medicamentos imunomodulares. A nova tendência para o tratamento da doença é proporcionar ao paciente doses adequadas de interferon beta 1a (Rebif®) e iniciar a terapia o mais cedo possível.

Isto porque, durante os primeiros anos da doença o paciente pode ter surtos freqüentes, que poderão impedi-lo de andar ou enxergar.

Mas, passado o surto, em geral o paciente se recupera. Porém, depois de 10 anos, cerca de 50% dos portadores da doença sofrem danos progressivos e irreversíveis no sistema nervoso. Se o tratamento for instituído no início da doença, esta fase devastadora pode ser retardada, preservando a qualidade de vida do paciente.

Nos períodos de piora da Esclerose Múltipla (surtos) são utilizados corticóides. Condutas fisioterápicas e de reabilitação são muito úteis em alguns casos. O Ministério da Saúde fornece a medicação gratuitamente aos portadores da doença.





Fonte: Olhar Direto

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