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Saúde
Terça - 25 de Julho de 2006 às 18:07

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A Secretaria de Estado de Saúde (Ses) cumpre mais uma fase no combate e enfrentamento da hantavirose. Para tanto está enviando o representante do Ministério da Saúde (MS), Marcos Vinicius da Silva, que é referencia nacional na área da hantavirose, professor associado da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e diretor da Divisão Científica de Infectologia do Instituto Emílio Ribas, para a região do Médio-Norte mato-grossense, onde realizará reuniões técnicas com médicos e profissionais da Saúde e representantes da área produtiva, sindicatos, entidades civis organizadas e população nos dias 27 e 28 de julho.

A superintendente de Vigilância em Saúde (Suvisa), Silvana Kruger, disse que a ação “é o fechamento de uma parceria entre o Escritório Regional de Saúde da Baixada Cuiabana, a Suvisa e a prefeitura de Campo Novo do Parecis.

Essas reuniões são necessárias para explicar as ações que o Estado e o Ministério da Saúde vêm desenvolvendo no enfrentamento a hantavirose. A última fase prevê a retomada dos trabalhos da pesquisa executada pelo Ministério da Saúde (Fundação Instituto Osvaldo Cruz), da Secretaria de Estado de Saúde e do Centro de Controle de Doenças de Atlanta, Estados Unidos da América.

Até agora já foram visitadas e vistoriadas todas as unidades rurais de Saúde na região do Médio Norte, na identificação de pontos de risco, na orientação de como os produtores devem fazer a armazenagem dos grãos, a desinfecção do local de armazenamento e outras medidas preventivas contra a doença.

Dados da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), da Saúde do Estado, informam que 90% dos casos confirmados de hantavirose aconteceram nessa região. O município de Campo Novo do Parecis é o que mais apresenta número de casos.

“A hantavirose, em Mato Grosso, segue uma característica diferenciada dos outros Estados, de acordo com a dinâmica populacional dos roedores, daí a atenção da comunidade científica para a pesquisa cujo resultado servirá para nortear as ações do Estado.

Independentemente dos resultados o Estado executa, na região, todas as recomendações necessárias no enfrentamento a hantavirose conforme protocolo do Ministério da Saúde”, explicou Silvana Kruger.

O técnico de Vigilância Epidemiológica, Aparecido Alberto Marques, informou que desde 1999, quando foi relatado o primeiro caso de hantavirose, até agora foram confirmados 62 casos da doença em Mato Grosso. Desse total 53% evoluiu para a cura, colocando o Estado acima da média nacional.

Para a superintendente de Vigilância em Saúde, Silvana Kruger, é importante que as pessoas que moram na região do Médio Norte do Estado procurem assistência médica aos primeiros sintomas da doença para que aumente a possibilidade de cura. “Os sintomas da hantavirose se parecem com os de uma gripe com febre alta.

Por isso toda pessoa que mora na zona rural deve procurar o médico diante de qualquer sinal de gripe ou resfriado. Isto é tão mais importante pelo fato de a doença evoluir rapidamente para um quadro de complicações graves dentro de quatro dias ou menos”, explicou.

A superintendente afirmou que é muito importante que o paciente diga ao médico que o atende na unidade de Saúde procurada, que mora na zona rural e se entrou em contato com um roedor, se trabalha em algum paiol ou se participou na limpeza do mesmo, ficando exposto à poeira do local, em algum tempo antes do momento de apresentar os primeiros sintomas do “resfriado” de que se queixa.

Ela ressaltou que todo trabalhador rural que trabalha em um paiol ou silo de armazenagem de grãos deve estar equipado com equipamentos de proteção individual (EPI) como máscara e luvas.

A Secretaria de Estado de Saúde continua, ininterruptamente, trabalhando no enfrentamento da hantavirose.

“Estamos notificando os proprietários rurais para que adotem medidas preventivas e proteção de seus trabalhadores rurais que atuam em silos de grãos, fazemos a qualificação dos profissionais de Saúde dos municípios e continuamos a realizar fóruns regionais com sindicatos de produtores rurais e com a sociedade civil organizada para que as informações sobre como combater e enfrentar a hantavirose cheguem aos usuários do SUS.

E, no final da primeira quinzena de setembro, desse ano, retomamos a pesquisa sobre os tipos de roedores transmissores de hantavirose, que tem a participação do pesquisador americano, James Mills”, explicou Silvana Kruger.





Fonte: O Documento

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