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Saúde
Segunda - 24 de Julho de 2006 às 17:51

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A Secretaria de Estado de Saúde (Ses), em parceria com o Ministério da Saúde (MS) reconhece a importância das manifestações populares em saúde e da medicina não convencional como prática terapêutica e de busca do equilíbrio vital para a população.

No âmbito do MS foi aprovada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPic) definindo responsabilidades dos gestores federais, estaduais e municipais na implementação das novas terapias alternativas empregadas no Sistema Único de Saúde (SUS)

Em Mato Grosso, desde fevereiro de 2006, o Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Correia (Cridac), uma unidade descentralizada da Secretaria de Estado de Saúde, vem aplicando com êxito a Acupuntura no tratamento de pacientes do SUS. Em quatro meses foram realizados 688 atendimentos.

O secretario de Estado de Saúde, Augustinho Moro, disse que “o Estado avança nas práticas terapêuticas quando oferece aos seus usuários também as terapias alternativas.

A fitoterapia, a acupuntura, a hidroterapia, a equoterapia, a arte-terapia, que já são práticas saudáveis, preventivas e curativas do Estado, são usadas como instrumentos para melhorar sempre a qualidade de vida do usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que o Estado, dentro das práticas tradicionais, divulga os cuidados básicos de saúde definindo a cautela devida no exercício dessas práticas”.

A Acupuntura é uma prática da medicina tradicional chinesa que se destaca por tratar o indivíduo como um todo. A prática utiliza linguagem que retrata as leis da natureza e valoriza a inter-relação harmônica entre as partes para atingir à integridade. A Acupuntura tem como fundamento a teoria do Yin-Yang e também a dos cinco elementos: água, fogo, madeira, metal e terra.

A prática da Acupuntura utiliza como elementos a palpação do pulso, a observação da face e da língua e tem várias modalidades de tratamento como a introdução de agulhas em pontos estratégicos do corpo humano, o uso da moxabustão (calor terapêutico que é obtido pela queima de charutos de Artemísia) e de ventosas.

Diomara Rocha, que pratica a Acupuntura há quatro anos exerce a especialidade, no Cridac, desde fevereiro de 2006. Ela explicou que a técnica tem como base os 14 meridianos que existem no corpo humano e os 365 pontos de acupuntura, ao longo desses meridianos, onde podem ser inseridas as agulhas.

“A conduta do tratamento pode começar com 10 sessões, uma ou duas por semana, quando o paciente começa a relatar as melhoras que sente. Com 30 sessões e maioria já obtém 95% de melhora de seus problemas“, calculou.

TÉCNICA – Diomara disse que tudo começa com a primeira sessão. “A primeira coisa que a acupunturista faz é tomar o pulso do paciente em suas mãos, onde são avaliados os níveis energético dos órgãos internos do corpo do paciente. Também é avaliada a aparência da língua, sua cor e saburra”, comentou.

RESULTADO – Sebastião Pereira, 48 anos, frentista de profissão, sofreu um acidente de motocicleta. Fraturou o quadril e a perna e ficaram vários meses no hospital. Após ter passado por várias operações conseguiu sobreviver ao acidente, mas continuou sentindo dores atrozes por todo o corpo. Para piorar entrou numa profunda depressão. “Eu achava que não valia para nada e não queria ver ninguém”, lembrou Sebastião.

Encaminhado para o Cridac pelo médico que cuidava dele, Sebastião Pereira começou a freqüentar as sessões de acupuntura ministradas por Diomara Rocha. “Depois de três meses de tratamento sinto grandes melhoras. Saí da depressão, já cuido de plantas em casa e meu relacionamento com minha esposa melhorou muito”, contou Pereira.





Fonte: Olhar Direto

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