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Internacional
Domingo - 23 de Julho de 2006 às 14:45

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As condições de saúde do ex-premiê israelense Ariel Sharon, 78 -- que está hospitalizado em Tel Aviv desde o início de janeiro, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), [termo técnico para designar um derrame], se agravou neste domingo.

De acordo o Centro Médico Sheba, em Tel Hashomer, no subúrbio de Tel Aviv, onde Sharon permanece internado, ele não corre risco imediato de morte.

"Nos últimos dois dias, o estado de saúde do ex-premiê se deteriorou e sua disfunção renal se agravou", informou o hospital em um comunicado. "Os médicos continuam a fazer testes para diagnosticar mudanças que possam ter ocorrido em suas condições e para administrar o tratamento apropriado", diz ainda o hospital.

Familiares do ex-premiê estão ao seu lado no hospital, de acordo com o comunicado.

Os problemas de saúde de Sharon, que já sofria com o excesso de peso (118 kg), tiveram início em 18 de dezembro de 2005, quando o premiê sofreu um derrame considerado leve. À época, ele ficou hospitalizado por dois dias.

Liberado, soube que teria de voltar ao hospital em algumas semanas para fazer um cateterismo [inserção de um cateter nas veias cardíacas, para investigar a existência de coágulos ou outros problemas], mas sofreu um novo sério derrame em 4 de janeiro.

Após o novo derrame, ele passou por várias cirurgias, mas nunca saiu do coma

Líbano

A piora no estado de saúde de Sharon ocorre em um momento em que forças israelenses se confrontam com membros do grupo terrorista libanês Hizbollah no sul do Líbano. A crise --que já matou quase 400-- teve início em 12 de julho, após o seqüestro de dois soldados de Israel.

Ex-general, Sharon era ministro da Defesa de Israel em 1982, quando forças israelenses invadiram o Líbano, em uma ocupação que durou até 2000.

Ehud Olmert assumiu o cargo de premiê de Israel no início deste ano, depois que o Kadima --partido fundado por Sharon-- venceu as eleições. Ele estabeleceu um governo de coalizão.

Eleito premiê pela primeira vez em 2001, Sharon cumpriu um segundo mandato, durante o qual retirou soldados e colonos israelenses da faixa de Gaza no ano passado, prometendo realizar uma medida similar na Cisjordânia.

A medida -- a primeira vez que Israel se retirou de territórios palestinos ocupados para a formação de um Estado palestino-- causou revolta em membros do Likud, então partido de Sharon, e levou à formação do Kadima.





Fonte: Olhar Direto

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