Leilão de boi Nelore rendeu R$ 2,8 mil para o projeto Siminina
Além do Coral Sininina, que cantou o Hino Nacional na abertura, seis adolescentes assistidas nesse projeto chamaram a atenção e arrancaram aplausos do público com a peça de teatro: Tempo bom não volta mais”.
No palco, as meninas retrataram a rotina de seis solteironas de “tchapa e cruz” que no vai e vem da cadeira de balanço reviviam passagens da infância, adolescência, os namoros e festas cuiabanas.
SIMININA
Esse projeto foi criado em 1997 exclusivo para meninos, com o objetivo de atender meninas carentes com idade entre 7 e 14 anos. Atende meninas vítimas de violência(agressão, exploração e abusou sexual e outras formas) ou em situação de risco. Trabalha na melhoria do relacionamento familiar e na prevenção da violência através de palestras sobre saúde, direitos e responsabilidades, e oferece atividades culturais, esportivas, de lazer e reforço escolar no horário contrário ao que as meninas freqüentam escola do ensino regular.
NOVIDADES
Este ano, além de danças(salão, rua, balé, samba e regionais) capoeira e oficinas semi-profissionalizantes, as meninas poderão formar corais. E ainda, escolher um assunto dentro da proposta “tema do mês” para debates regulares (saúde, educação, segurança etc), e o Dia de Lazer(dedicado ao jogos, brincadeiras e outras atividades culturais).
ESTATÍSTICAS INTERNAS
Em 2005, ente as 850 crianças e adolescentes atendidas de forma contínua foram registrados 15 casos de violência. Cinco delas sofreram agressão física, duas foram vítimas de abuso sexual, três vítimas de prostituição infantil, uma apresentou problemas de bloqueio de leitura, uma engravidou e duas tiveram problemas de relacionamento com suas famílias.
Um levantamento feito pela coordenação do projeto junto às famílias mostrou entre os pais o quadro é o seguinte: 45,29% tinham emprego fixo ou aposentadoria e os outros 54,71% estavam desempregados.
Como parte das ações do projeto, informa o coordenador Sued Luz, todas as meninas que foram vítimas de violência ou tiveram outros problemas receberam assistência nas mais diversas áreas dos serviços públicos.
Os casos de agressão foram denunciados ao Conselho Tutelar da região onde mora a menina, os de abuso sexual e prostituição levados ao Programa Sentinela, enquanto o de bloqueio de leitura à Secretaria Municipal de Saúde para atendimento em um Centro de Assistência Psicossocial(CAPS)
Já a menina que engravidou recebeu atendimento no ambulatório de adolescente do Hospital Júlio Muller, e os de conflito familiar tiveram a assistência da PAIF(Programa de Assistência Integral à Família).
Sued Luz destaca que essa assistência acontece paralelamente às atividades regulares do Siminina. Ou seja, como forma de ajudar na reintegração social, a criança ou adolescente vitimizada continua freqüentando o projeto.
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