Agressor precisa ser punido para não reincidir no crime, diz Vera
Perguntada sobre o perfil do espancador, a professora Vera Bertolini responde que é o de qualquer homem.
"Somos de uma sociedade centrada no macho. Macho que é macho bebe, macho que é macho dirige perigosamente, macho que é macho espanca a mulher. Esta é uma visão destorcida, porém acatada por muitas mulheres", lamenta.
Conforme a psicóloga Priscila Batistuta, no juizado especial criminal há ações incipientes para atendê-los.
Vera Bertolini demonstra preocupação em situá-los entre portadores de patologias psíquicas já que os casos parecem coisa de gente louca. Pela experiência que tem, percebe que a menor parte dos denunciados sofre de disfunções deste tipo. A maioria age assim por questões culturais. "Não podemos lutar para que sejam apenas tratados, devem ser tratados e punidos, senão reincidem", pontua.
Em meio a tantos absurdos, a professora destaca mais um. Em audiências na justiça, "que é machista também", o discurso é o da conciliação. "Você precisa ver, tentam a todo momento promover a conciliação. Como podem querer conciliar o inconciliável" - questiona Vera.
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