Com novo recorde do petróleo, dólar sobe e Bovespa cai mais de 1%
O aumento da tensão no Oriente Médio e notícias de explosões em oleodutos na Nigéria fizeram o barril do petróleo se aproximar dos US$ 76 em Nova York. A alta dos preços pode provocar um crescimento da inflação e conseqüente elevação dos juros e desaquecimento da economia global, daí o nervosismo que provoca.
Os investidores em Wall Street também estão preocupados com os resultados corporativos do segundo trimestre, que começam a ser divulgados e devem dar uma indicação importante a respeito do nível de aquecimento da economia norte-americana --principal preocupação nas últimas semanas.
Pelo aumento do risco, a recomendação dos analistas para os investidores é de que sejam cuidados ao comprar ações. "Deve-se considerar que a aplicação em Bolsa é de longo prazo, e sou otimista quanto aos resultados nesse período de tempo, porque as perspectivas para o desempenho das empresas do país são bastante positivas. Mas, no curto prazo, não é possível prever o comportamento do mercado. Melhor é esperar até que se defina uma tendência", diz Ricardo Fontes, consultor financeiro e professor.
Investimento estrangeiro
O saldo de investimentos estrangeiros na Bovespa está negativo em R$ 51,881 milhões até o dia 10 de julho, diferença entre vendas de ações de R$ 3.197.848.028,00 e compras de R$ 3.145.966.912,00. No acumulado do ano, o saldo está negativo em R$ 602,017 milhões.
Em junho, a Bovespa registrou uma fuga recorde de investimentos estrangeiros com a migração de recursos de países emergentes para ativos de menor risco, como os treasuries (títulos do Tesouro norte-americano). O saldo ficou negativo em R$ 2,260 bilhões no mês passado, com vendas de ações de R$ 18,795 bilhões e compras de R$ 16,535 bilhões.
Paralelo e turismo
O dólar paralelo caía 0,4%, para R$ 2,44, e o turismo tinha alta de 0,43%, a R$ 2,31.
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