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Policia MT
Quarta - 06 de Fevereiro de 2013 às 18:39
Por: Pollyana Araújo e Kelly Martin

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Reprodução TVCA
Quadrilha obrigou refém a subir em capô de caminhonete durante fuga
Quadrilha obrigou refém a subir em capô de caminhonete durante fuga

Grampos telefônicos revelam que a advogada Jackeline Pacheco, presa na segunda-feira (4) por suspeita de envolvimento com uma quadrilha que assaltou duas agências bancárias em Comodoro, a 677 quilômetros de Cuiabá, no ano passado, teria dado suporte a clientes que integravam o grupo criminoso e estavam presos. Trecho da denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE) diz que ela agia como espécie de "pombo correio" entre clientes e os membros da quadrilha que estavam soltos.

"Jackeline Moreira Pacheco tem como missão principal subsidiar o grupo criminoso no que diz respeito a defesas advocatícias, entretanto os diálogos demonstram que ela vai além do apoio jurídico, servindo de "pombo correio" entre os presos e seus comparsas livres, suporte financeiro para familiares, orientações sobre interceptação telefônica, intermediação para entrada de telefones, entre outras atitudes que demonstram vínculo preocupante com os criminosos", diz parte da denúncia aceita pelo juiz João Filho de Almeida Portela, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Comodoro.

A defesa da advogada alega, no entanto, que ela não cometeu nenhum crime e protocolou pedido de habeas corpus a favor da cliente. "Não existe nenhum delito cometido pela paciente, o relatório e os diálogos demonstram com clareza que a paciente tratou de assuntos estritamente profissionais, não contribuiu para o cometimento de crime. É extremamente grave atribuir alguma participação da paciente em evento criminoso com o conteúdo das interceptações", afirmou Luciano Augusto Nunes, que atua na defesa da advogada.

O advogado disse ainda que a Justiça não poderia ter decretado a prisão de Jackeline com base nas interceptações e transcrições das escutas telefônicas. "As escutas foram interpretadas de forma equivocada", disse. A advogada encontra-se detida no 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, na capital.

Além de Jackeline, outra advogada também teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por suspeita de participação com esse mesmo grupo criminoso e mais oito pessoas suspeitas de envolvimento. No entanto, até às 16h20 (horário de Mato Grosso) desta quarta-feira apenas cinco suspeitos continuam presos e cinco estão foragidos. As prisões foram realizadas na segunda-feira (4), durante uma operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).

Dois meses depois do assalto ocorrido de forma simultânea em duas agências bancárias, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) divulgou, em dezembro do ano passado, que oito suspeitos de participar diretamente ou indiretamente das ações foram mortos e cinco presos. Também foi recuperada a maior parte do dinheiro levado. Do total de R$ 1,8 milhão roubado, mais de um milhão foi encontrado pela polícia depois de uma barreira montada no Trevo do Lagarto, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.

O roubo ocorreu em outubro do ano passado e, na ocasião, o grupo criminoso, composto por cerca de sete homens armados e encapuzados, invadiu e roubou duas agências bancárias e fez 15 clientes e funcionários reféns. Na fuga, ainda de acordo com a Polícia Militar, a quadrilha incendiou uma das caminhonetes e abandonou o veículo no entrocamento das rodovias BR-364 e BR-174. Na ocasião, eles libertaram os reféns na saída da cidade.





Fonte: Do G1 MT

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