Procurador e delegado suspeitam que sanguessugas agiram em mais quatro órgãos
O depoimento dos responsáveis pelas investigações durou mais de cinco horas e aconteceu a portas fechadas. "Há uma dificuldade em falar a respeito da investigação da Máfia das Sanguessugas", disse o delegado, sobre o segredo de justiça envolvendo o caso. Tardeli argumentou que ficaria complicado medir as palavras caso a reunião fosse aberta.
Agora a lista dos envolvidos aumentou e além dos 15 inquéritos já em andamento, pelo menos mais 42 podem ser instaurados. Mais órgãos do governo estão sob suspeita além da Saúde. Também serão investigados o Ministério da Fazenda, da Educação, de Ciências e Tecnologia e a Casa Civil.
No final da CPMI, o deputado presidente da comissão, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ) justificou os sigilos e resumiu os depoimentos. "Tanto o delegado Tardeli Boaventura como procurador Mário Lúcio traçaram todo o roteiro das atividades criminosas e apresentaram também diversas planilhas e documentos que comprovam tudo aquilo que de alguma forma já estava sendo objeto dessa investigação", afirmou o deputado.
O presidente da CPMI disse ainda que os nomes dos parlamentares que estariam envolvidos no esquema não podem ser revelados para não atrapalhar as investigações.
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