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Saúde
Quarta - 05 de Julho de 2006 às 08:03

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Um homem de 42 anos que ficou em coma durante 20 recuperou sua capacidade de fala e de movimento, depois de seu cérebro ter desenvolvido espontaneamente novas conexões entre as células nervosas, segundo o "Journal of Clinical Investigation", dos Estados Unidos.

O estudo divulgado esta semana pela publicação descreve que o cérebro de Terry Wallis reconectou seus circuitos, o que gerou novas pequenas conexões nervosas que substituíram as danificadas no acidente de automóvel que sofreu, quando tinha 19 anos.

A recuperação aconteceu há três anos, segundo o mesmo jornal, e a análise e pesquisa do ocorrido foi feita pelo neurologista Nicholas Schiff, da Universidade de Cornell, em Nova York, e pelo radiologista Henning Voss, do mesmo centro, entre outros.

Wallis, aparentemente o primeiro homem dos EUA a vivenciar este tipo de recuperação, sofreu um acidente de automóvel que lhe deixou durante um tempo em coma e depois em um estado de consciência mínima, durante o qual estava acordado, mas se comunicava apenas através de leves movimentos com a cabeça ou algum som gutural.

Durante este tempo, ele esteve internado em um centro de reabilitação em Mountain View, no estado americano do Arkansas.

Atualmente, sua capacidade para falar melhora a cada dia e ele consegue contar até 25 sem interrupções. No entanto, não lembra nada das quase duas décadas que esteve minimamente consciente, mas sim de sua vida prévia ao acidente.

"Para ele, Ronald Reagan ainda é presidente dos Estados Unidos", disse seu pai Jerry, em comunicado, que acrescentou que Terry pensava, até há pouco, ter 20 anos.

Wallis também não é capaz de andar e precisa de ajuda para comer.

Segundo James Bernat, neurologista do Centro Médico de New Hampshire que conhece o caso, as "fibras das células estavam danificadas, mas as células em si, não".

As células nervosas que não estão mortas podem voltar a gerar conexões, afirmou Bernat.

No entanto, segundo os analistas isso ocorre com menor freqüência no cérebro.

De acordo com os médicos, a pesquisa sugere que a aparente recuperação repentina de Wallis vinha sendo produzida pouco a pouco enquanto os nervos no cérebro formavam novas conexões lentamente, até que foram geradas conexões suficientes para criar um circuito.





Fonte: EFE

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