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Saúde
Segunda - 26 de Junho de 2006 às 23:40
Por: Joanice de Deus

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A Secretaria de Estado de Saúde (Ses) realiza o 2º curso de “Plantas medicinais e formação de multiplicadores”. Mais de 150 pessoas, entre médicos, enfermeiros, farmacêuticos, agentes comunitários, biólogos e usuários do Sistema Único de Saúde (Sus) participam da capacitação, na Escola de Saúde Pública, em Cuiabá. O curso tem a parceria da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), da Secretaria Municipal de Saúde e da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão (Empaer).

De acordo com a coordenadora técnica do MT-Farma, Isanete Geraldini Costa, o objetivo é ampliar os conhecimentos dos participantes sobre a importância, as técnicas de cultivo, os efeitos e a forma correta de utilização das plantas medicinais, que tradicionalmente são usadas pela população para o tratamento de diversas doenças. “Neste ano já realizamos o primeiro curso e o nosso objetivo é ampliar as farmácias vivas ou hortas de plantas medicinais, garantido o acesso com segurança, qualidade e eficácia no tratamento”, disse.

O MT-Farma foi implantado pelo Governo Estadual para a produção de medicamentos fitoterápicos usando como matéria-prima as plantas medicinais e aromáticas. No Estado, já estão sendo implantadas e equipadas quatro farmácias de manipulação para produção de medicamentos, sendo em Cuiabá, Água Boa, Tangará da Serra e Sinop.

Em Cuiabá, no ano passado, foi implantado, na unidade do Programa de Saúde da Família (PSF) do Ribeirão da Ponte, o projeto piloto Farmácia Fitoviva, que tem como supervisora Isanete Geraldini e é desenvolvido em mais 15 unidades de saúde localizadas no Pedra 90, Jardim Imperial, Residencial Coxipó, Despraiado, Jardim Araçá, Novo Colorado, CPA IV, Jardim Vitória, Jardim União e Florianópolis, 1º de Março e Doutor Fábio, além das residências terapêuticas do Verdão e outras duas no CPA. “A implantação do uso de plantas medicinais nas unidades de saúde permite que os usuários do Sistema Único de Saúde tenham acesso a outras terapêuticas, influenciando positivamente na qualidade de vida da população”.

Conforme Isanete Geraldini, a proposta é padronizar e implantar na rede 20 espécies de plantas medicinais, sendo àquelas mais estudadas e já consagradas pelo uso popular, como anador, babosa, tanchagem, guaco, boldo, erva cidreira, camomila, erva Santa Maria, hortelã, carqueja, cavalinha, alecrim, arnica, colônia, erva de bicho, maracujá e quebra-pedra. No projeto Fitoviva do Ribeirão da Ponte existem 60 espécies.

Com o curso, a idéia é que os profissionais de saúde passem a atuar como multiplicadores dos novos conhecimentos, incentivando os pacientes a cultivarem hortas em casa. “Fazemos inclusive um trabalho que visa orientar e incentivar as pessoas a ter no quintal de sua casa um canteiro de plantas medicinais. Para este trabalho, foi confeccionada até a cartilha Quintais Medicinais, mais saúde, menos hospitais”, comentou.

No Horto Florestal também foi instalado um canteiro para produção e distribuição de mudas medicinais. Já no Centro de Apoio Psicossocial há uma horta de plantas medicinas e viveiro, voltados, inclusive, para a realização de terapias com os pacientes.

No último dia 22, deste mês, o governo federal anunciou medidas voltadas à garantia de acesso seguro e uso correto de plantas medicinais e fitoterápicos pela população. Por meio de decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministérios da Saúde, do Meio Ambiente, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Desenvolvimento Agrário, da Integração Nacional, da Ciência e Tecnologia, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, além da Casa Civil da Presidência da República, apresentam a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, conforme informações do site do Ministério da Saúde.

A Política Nacional estabelece diretrizes para o desenvolvimento de ações direcionadas à melhoria da qualidade de vida da população e do complexo produtivo na área da saúde. No Ministério da Saúde já está em processo de elaboração um banco de dados sobre plantas medicinais e também a Relação Nacional de Plantas Medicinais e de Fitoterápicos (Rename-Fito). A sociedade e as unidades do SUS terão acesso a esses dados. A expectativa é de que a política minimize a dependência tecnológica do Brasil no setor e estabeleça uma posição de destaque do país no cenário internacional.





Fonte: Da Assessoria

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