Surpresa, Suíça encara rival "do mesmo tamanho" por vaga nas quartas
Apesar de já estar em sua oitava edição de Mundiais, os suíços não podem ser considerados uma força na competição. Com boas campanhas em suas primeiras participações (foi sexto colocado em 1950, por exemplo), os europeus sofreram um processo de decadência e já terminaram o torneio como lanterna em duas ocasiões (1962 e 1966).
Para chegar às quartas-de-final da Copa do Mundo e garantir a sua melhor classificação desde 1954 (quando foi oitava), a Suíça aposta mais uma vez na força de sua defesa, a única que ainda não sofreu gols na competição.
O desempenho do sistema defensivo do time, que não é vazado há três partidas, é tão bom que já começa a entrar para a história da Suíça.
Esta já é a maior série de "defesa invicta" do país nos últimos dez anos --em 1995, o time europeu havia conseguido o mesmo feito após jogos contra Hungria, Suécia e Islândia.
Entretanto, a "muralha suíça" terá um importante desfalque para a partida de hoje. O zagueiro Philippe Senderos, autor do primeiro gol da vitória por 2 a 0 contra a Coréia do Sul, sofreu uma séria contusão no ombro direito e está fora da Copa do Mundo.
O seu substituto será o jovem e inexperiente Johan Djorou, 19, que é companheiro de Senderos no Arsenal. No entanto, enquanto o titular da seleção suíça é presença constante na equipe treinada pelo francês Arsene Wenger, Djorou pouco joga pelo time principal de seu clube (disputou apenas quatro partidas nesta temporada).
Muito mais experiente que um de seus possíveis marcadores, o atacante Andriy Shevchenko, 29, vê a chegada da Ucrânia na segunda fase do Mundial como a realização de um sonho.
Principal jogador e artilheiro do time na competição, com dois gols, o atacante, que recentemente trocou o Milan pelo Chelsea, é o maior nome da história do futebol do jovem país e grande esperança do time para reviver os tempos da União Soviética, quarta colocada na Copa de 1966.
Porém, para conseguir avançar de fase, os ucranianos terão que superar o fraco desempenho recente contra times europeus. Nas dez últimas vezes que enfrentou seleções de seu continente, o time de Oleg Blokhin só conseguiu três vitórias. Neste período, obteve ainda empates contra equipes de pouca expressão, como Azerbaijão, Albânia e Geórgia.
O outro grande problema da Ucrânia no jogo contra os suíços é a sua defesa, que está desfalcada de Rusol e Sviderskyi, suspensos pelo segundo cartão amarelo.
Sem poder contar também com Chigrynskyi, outro defensor, Blokhin deve escalar o seu miolo de zaga com os reservas Yatsenko e Vaschuk. Uma outra opção é improvisar o volante Gusev na defesa.
SUÍÇA Zuberbühler; Philipp Degen, Müller, Djorou e Magnin; Wicky, Vogel, Cabanas e Barnetta; Hakan Yakin e Frei. Técnico: Jakob Kuhn
UCRÂNIA Shovkovskyi; Nesmachnyi, Yatsenko, Vaschuk e Shelayev; Tymoschuk, Gusev, Kalinichenko e Rebrov; Voronin e Shevchenko. Técnico: Oleg Blokhin
Local: Estádio de Colônia Horário: 15h Árbitro: Benito Archundia (MEX) Na TV: Globo, Sportv, Bandsports, ESPN Brasil e Directv
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