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Cidades/Geral
Sábado - 24 de Junho de 2006 às 07:15
Por: Aline Chagas

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O Ministério Público Federal em Mato Grosso começou a encaminhar as denúncias específicas de fraude em processo licitatório de prefeituras do interior de Mato Grosso envolvidas com o esquema revelado pela Operação Sanguessuga, realizada pela Polícia Federal no início de maio.

A primeira denúncia encaminhada à 2ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso é sobre irregularidades no município de Nova Bandeirantes. Cinco membros da família Trevisan-Vedoin, o ex-prefeito do município, Antônio Gonçalo Della Rosa, e mais três pessoas foram denunciados.

Dos Trevisan-Vedoin, apenas Helen Paula Duarte Cirineu Vedoin (esposa de Luiz Antônio Trevisan Vedoin) não foi denunciada pelo inquérito de Nova Bandeirantes. Todos os membros da família que tiveram a denúncia principal da Operação Sanguessuga acatada também tiveram o processo específico aberto. Os que já prestaram depoimento ao juiz Jeferson Schneider foram ouvidos no mesmo dia sobre as irregularidades de Nova Bandeirantes.

O empresário José Thomaz de Oliveira Netto, nome que consta também na denúncia principal da Operação Sanguessuga, também está entre os denunciados pelas irregularidades em Nova Bandeirantes. José Thomaz ainda não teve a denúncia principal acatada pela Justiça Federal e está em liberdade. Três novos nomes surgem na denúncia específica de Nova Bandeirantes: o ex-prefeito Della Rosa, Joneci da Silva e Sílvio Luiz Albertim. Os nove são acusados de crime da Lei de Licitações.

Nova Bandeirantes é um dos 75 municípios que tiveram inquéritos específicos feitos pela Polícia Federal durante a Operação Sanguessuga. Desde 2004, a Polícia Federal em Mato Grosso investigava as irregularidades nos processos licitatórios, todos ocorridos nos 2001 e 2002. Na época, foram analisados 162 processos licitatórios dos municípios de Mato Grosso, a maioria por carta convite.

As mulheres da família Trevisan Vedoin (Cléia, Alessandra e Helen) respondem em liberdade os processos. Já Darci, Luiz Antônio e Ivo Marcelo estão no anexo do Pascoal Ramos (Polínter). Ontem o juiz Jeferson Schneider indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva de Ivo Marcelo Spínola da Rosa. O único da família Trevisan-Vedoin que ainda será ouvido por Schneider é Luiz Antônio, com audiência marcada para segunda-feira.

O advogado da família Trevisan Vedoin e de José Thomaz, Eduardo Mahon, revelou que protocolou um pedido de habeas corpus no TRF1 para a suspeição das duas ações, porque ambas são sobre o mesmo fato. Mahon também protocolou na Justiça Federal um pedido de suspeição do juiz Jeferson Schneider no processo principal.

“Ressalto que Schneider tem ouvido os meus clientes de forma fina e educada. Não é nada contra a condução dele, mas sim, uma questão processual, porque ele conduziu também o inquérito. Dessa forma, entendemos que por ele ter conduzido o inquérito, fica complicado decidir quem é culpado ou não”, explicou Eduardo Mahon.





Fonte: Diarío de Cuiabá

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