Dólar fecha em baixa de 0,39% com entrada de exportador no mercado
José Roberto Carreira, da corretora Novação, explica que muitos exportadores aproveitam para vender dólares quando a cotação da moeda norte-americana sobe. Esse movimento gera um excesso da divisa no mercado, o que provoca logo em seguida a baixa.
Os analistas ressaltam, entretanto, que enquanto não diminuírem as incertezas sobre o ritmo de crescimento da economia dos Estados Unidos, a trajetória da sua inflação e o rumo dos seus juros, não será possível prever o comportamento do mercado financeiro.
O pessimismo começou em 10 de maio, quando o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) aumentou pela 16ª vez consecutiva os juros, para 5% ao ano. Analistas esperam que, na sua próxima reunião, no dia 29, a autoridade monetária faça uma nova elevação de 0,25 ponto percentual.
Quando os juros norte-americanos sobem, grandes investidores abandonam suas aplicações em ativos e mercados de risco, como o brasileiro, em busca de mais segurança. Um dos destinos preferenciais dos seus recursos são os treasuries (títulos do Tesouro dos EUA).
Mas os especialistas dizem que a maior parte do movimento de realocação de recursos por uma nova percepção de risco já se deu, por isso não haveria motivo para turbulências ainda maiores.
Não está prevista a divulgação de indicadores econômicos importante nesta semana, então os investidores ficam um pouco mais tranqüilos e tentam corrigir os exageros das últimas semanas --desde o início de maio, a Bovespa já acumula perdas de 16,02% e o dólar tem valorização de 8%.
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