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Politica Brasil
Domingo - 18 de Junho de 2006 às 10:00

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Os documentos apreendidos pela Polícia Federal indicam que o esquema identificado pela Operação Sanguessuga não operava só com emendas individuais ao orçamento, limitadas ao máximo de R$ 5 milhões por parlamentar, mas também com as de bancada, capazes de mobilizar volumes maiores de recursos.

As planilhas mostram que os empresários do esquema tinham a senha para acompanhamento de uma emenda atribuída à bancada de Rondônia no valor de R$ 6 milhões em 2005. Em 2003, a quadrilha acompanhava projetos financiados por uma emenda de bancada do Rio Grande do Norte, de R$ 13 milhões, subdividida em 27 projetos destinados a entidades beneficentes. Os dados estão sob análise do Ministério Público, pois podem indicar o envolvimento de mais deputados, além dos 45 identificados até agora.

A procuradoria tem mais elementos para rastrear a participação de parlamentares. O livro-caixa eletrônico do esquema, que traz repasses atribuídos a 26 deputados e ex-deputados, registra as datas dos repasses, valores e os nomes dos assessores, funcionários da Câmara ou laranjas intermediários. Nas transferências diretas, há detalhes preciosos para confirmar o caminho do dinheiro.

No caso de um depósito atribuído ao deputado João Caldas (PL-AL), de R$ 50 mil, há a observação "dep. Banco Brasil". Os repasses para Teté Bezerra (PMDB-MT) seriam intermediados por Newton Sabaranese, identificado pela PF como assessor dela. Como intermediária dos repasses ao deputado Paulo Feijó (PSB-RJ) está Daniela R. Guimarães. Na maioria dos casos, outro arquivo, identificado com o nome "conta-corrente", traz o nome do assessor intermediário e o número de sua conta. Na lista aparecem os nomes de mais de 30 assessores e suas contas na agência do Banco do Brasil na Câmara.





Fonte: Midia News

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