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Terça - 06 de Junho de 2006 às 08:33

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O índice de coliformes fecais no trecho urbano do rio Cuiabá é 60 vezes acima do admissível. São 60 mil coliformes em cada 100 mililitros de água, o máximo permitido é de 1.000 coliformes em 100. O pesquisador Rubem Mauro Palma de Moura decreta a morte do Cuiabá em 20 anos. caso o esgoto e o lixo da cidade continuarem sendo lançados nas águas do Cuiabá.

Coordenador do Centro de Pesquisa do Pantanal (CPP) e do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Mato (UFMT), Moura, afirma que a população já acompanhou a morte dos córregos do Gambá, Mané Pinto, Prainha e Barbado, hoje esgotos a céu aberto.

Estudos de pesquisadores mostram que a poluição vem reduzindo os índices de oxigênio na água e a conseqüência mais visível de falta desse elemento químico é: morte dos peixes e de outras vidas.

Entre os anos de 1982 e 2004, o nível de oxigênio caiu de 7,8 miligramas por litro, para 6,2 e pode chegar próximo a zero nos próximos anos, garante Moura. Algumas espécies de peixe já estão com a reprodução comprometida em razão do pouco oxigênio e a dificuldade de subir o rio no período da piracema.

A preocupação dos estudiosos não é infundada. Os dados da prefeitura de Cuiabá indicam que que 76% do esgoto produzido na capital é lançado in natura no rio. Ao menos 48% do esgoto é coletado, mas apenas 24% é tratado antes de chegar ao rio. Estima-se que hoje seriam necessários R$ 60 milhões em recursos e mais de dois anos em obras para estruturar a cidade para a coleta do esgoto da capital.

Várzea Grande, a cidade vizinha, despeja mais de 80% do esgoto sem tratamento no rio.





Fonte: Folha do Estado

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