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Cidades/Geral
Segunda - 05 de Junho de 2006 às 19:10

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A Secretaria de Estado de Saúde volta ao município de Colniza para desenvolver ações emergenciais no controle da malária mediante o agravamento no número de casos registrados nos meses de março, abril e maio de 2006. A média semanal é de 60 casos.

Na ocasião a Saúde do Estado vai realizar ações de supervisão nas áreas laboratorial, Vigilância Epidemiológica e Ambiental, Atenção Básica e a principal, de rastreio através de busca ativa, controle químico e levantamento entomológico, diagnóstico e tratamento no atendimento às necessidades da saúde da população, principalmente aqueles que moram nas áreas de assentamento e de garimpo.

Para tanto está se deslocando para Colniza uma equipe multidisciplinar com 18 técnicos especialistas nas áreas médica, laboratorial, epidemiológica, educação em saúde e de pesquisa, além de cessão de materiais necessários para a realização de exames laboratoriais, medicamentos e insumos.

“Esta é mais uma ação da Saúde na ajuda ao município de Colniza. A região Noroeste recebeu, em março e setembro de 2005 o mesmo tratamento desta ação, porém vale salientar que os casos são mais freqüentes nesta região pela posição geográfica (mata amazônica), pela condição ecológica e pela ocupação espacial desordenada. Em Colniza, especificamente os casos se elevaram principalmente nas áreas de glebas e de garimpos” disse Benedito Oscar Fernandes de Campos, assessor especial de Vigilância em Saúde.

Mato Grosso registrou 9.774 casos de malária em 2005. Dos 141 municípios do Estado, Colniza contribuiu com 80% dos casos. Nos cinco primeiros meses de 2006 foram registrados 2.145 casos de malária no Estado. Desse total Colniza apresentou 885 casos representando 41% do total.

Nesta terceira visita ao município de Colniza, a Secretaria de Saúde adotará as seguintes estratégias: reuniões com todos os profissionais do Escritório Regional de Saúde de Juína e da Secretaria municipal de Saúde e reuniões com profissionais de Saúde e segmentos organizados da comunidade para o envolvimento de todas as ações que serão desencadeadas e desenvolvidas, mapeamento de áreas a serem trabalhadas, tanto na rotina quanto no controle químico e levantamento de pacientes em tratamento.

Mato Grosso, em parceria com o Ministério da Saúde, tem vigilância sobre a região Noroeste desde março de 2005 quando ocorreram situações de elevação dos índices. Ao longo do ano de 2005, os municípios da região receberam do Ministério da Saúde 20 motocicletas, nove camionetes, além do deslocamento de técnicos especializados em malária, na estruturação dos serviços. O Estado deu todo o apoio logístico, além da capacitação de técnicos da área de Saúde, principalmente os que trabalham nos postos do Programa Saúde da Família, (PSF) nas ações da busca ativa de casos, notificações, diagnóstico, tratamento e controle químico bem como capacitação periódica para os agentes comunitários de Saúde, tanto na zona urbana quanto rural.

“Os municípios de Aripuanã, Juína e Juruena tiveram ações preventivas no diagnóstico, no controle da proliferação do mosquito, no tratamento adequado das pessoas e, acima de tudo, na pactuação das ações para não quebrar o ciclo das atividades e das ações necessárias no enfrentamento do agravo”, disse Oscar.

Malária

A malária é uma doença infecciosa, causada por parasitas (protozoários do gênero plasmodium), que são transmitidos pela picada de mosquitos (fêmeas do gênero anopheles). No Brasil destacam-se duas espécies do protozoário plasmodium: o falciparum e o vivax. Não há vacinas disponíveis contra a malária. O tratamento da doença é feito por medicamentos dispensados pelo Ministério da Saúde.





Fonte: Olhar Direto

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