Cresce a lista de ex-deputados envolvidos no esquema

A lista de ex-deputados citados na operação "Sanguessuga" começa a crescer. Além de Carlos Alberto Rodrigues, o Bispo Rodrigues, e Ronivon Santiago, que já estão presos em Cuiabá desde o início da operação, nas denúncias apresentadas ontem pelo Ministério Público Federal (MPF) aparecem outros parlamentares, como é o caso do ex-deputado Laíre Rosado Filho, secretário estadual de Agricultura do Rio Grande do Norte, e o ex-deputado Múcio Gurgel de Sá, do mesmo Estado.

Também estão na denúncia do MPF os ex-deputados pelo Rio de Janeiro, Cândido Pereira Mattos e Itanildes Orlando Fernandes. Ainda completa a lista de ex-parlamentares o ex-deputado baiano Joaquim dos Santos Filho e o ex-deputado por Alagoas, James Sampaio Calado Monteiro, que podem ser investigados por envolvimento no esquema, uma vez que não possuem mais foro privilegiado.

Por enquanto, do Senado os únicos nomes que apareceram é o do ex-senador Carlos Bezerra (MT) e do senador Ney Suassuna (PB). Deste último parlamentar há um assessor preso, Marcelo Cardoso Carvalho.

Mais um assessor do deputado Nilton Capixaba (PTB-RO) também apareceu nas denúncias. Celso Augusto Mariano está entre os denunciados, assim como a servidora do Fundo Nacional de Saúde, Alana Eneida Sarinho Araújo. Do deputado Capixaba está foragido o assessor, Francisco Machado Filho.

Entre presos e denunciados estão ex-parlamentares, empresários, assessores parlamentares e "laranjas". A investigação dos parlamentares supostamente envolvidos está sob o comando do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, uma vez que possuem foro privilegiado. Ele já pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de 15 inquéritos para apurar suspeitas de envolvimento de congressistas com compras fraudulentas de ambulâncias reveladas pela Operação Sanguessuga.

As investigações contra os deputados devem tramitar em segredo de justiça. Não foi descartada a possibilidade de abrir novos inquéritos contra outros parlamentares. (AF)