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Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Sábado - 20 de Maio de 2006 às 07:33

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O procurador-geral da República, Antonio Fernando Sousa, disse ontem, em Cuiabá, que está iniciando a análise dos documentos da Operação Sanguessuga, deflagrada pela Polícia Federal no dia 04 de maio. A ação desbaratou a máfia das ambulâncias que, a partir da capital mato-grossense, agia em sete Estados com o intuito de desviar recursos da União para compra de unidades móveis de saúde e equipamentos hospitalares com a conivência de parlamentares federais e prefeituras.

"Nós estamos iniciando a análise dos documentos", informou. "Eu estou numa fase muito inicial, examinado os documentos enviados pela Procuradoria da República em Mato Grosso". Antonio Fernando negou que estivesse assumindo pessoalmente a investigação da Operação Sanguessuga em virtude da gravidade do caso com o possível envolvimento de mais de 180 deputados federais. "Estamos aqui numa visita de caráter administrativo", assegurou, observando que, na quarta-feira passada, esteve em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, com o mesmo objetivo. "É trabalho de rotina".

Ele passou a tarde reunido com o procurador da República em Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, para tratar de "questões da Procuradoria" e se inteirou do andamento das investigações referentes à Operação Sanguessuga. "O pessoal aqui está bem adiantado nas investigações", ressaltou.

"Em Brasília, estamos ainda na fase de análise", ponderou. Indagado se poderia apresentar denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF), como no caso mensalão, Antonio Fernando disse que não trabalha em cima de hipótese. "Não digo o que vou fazer. Faço", ressaltou, assinalando que, se houver elementos, tomará as providências necessárias, independente de quantos parlamentares estiverem envolvidos nas irregularidades que estão sendo apuradas.

O procurador-geral da República deixou claro que irá se pronunciar a respeito da Operação Sanguessuga somente após formar juízo sobre o assunto. O procedimento deve demorar porque a PF ainda está tomando depoimentos.





Fonte: A Gazeta

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