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Terça - 16 de Maio de 2006 às 15:53

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Tangará da Serra praticamente parou a partir das 15h00 desta quarta-feira como forma de apoio ao “Grito do Ipiranga”, movimento deflagrado pela classe produtora em protesto contra a política cambial do governo federal e a crise no setor agropecuário.

A Câmara Municipal de Tangará da Serra suspendeu o atendimento ao público durante toda a tarde desta terça-feira em solidariedade ao movimento. O mesmo aconteceu com o comércio, que fechou a partir das 15h00.

Houve uma grande concentração de produtores rurais, transportadores, lideranças políticas e empresariais, além de populares. “A crise está aí e os reflexos são sentidos cada vez de forma mais intensa. O movimento é legítimo e esperamos que o governo e o setor agropecuário cheguem a um denominador comum o mais breve possível”, disse o presidente da Câmara Municipal de Tangará da Serra, Emerson Adriano de Andrade (PP).

A Associação Comercial e Empresarial de Tangará da Serra – ACITS – também apoiou o protesto com as presenças do presidente da entidade, Ramão Lopes Chaparro, empresários associados e funcionários, todos portando faixas e cartazes.

Os manifestantes se concentraram em frente à prefeitura de Tangará da Serra, depois seguiram em passeata pela Avenida Brasil, área central da cidade. A parada ocorreu junto ao bloqueio montado por produtores e caminhoneiros na MT-358, entroncamento com o Anel Viário, na saída para Cuiabá.

Segundo lideranças da classe produtora, não é permitida a passagem de cargas de produtos agrícolas pelo bloqueio na rodovia, com exceção de ambulâncias e casos considerados urgentes. A emissão de GTA’s - Gias de Transporte de Animais – foi suspensa pelo Instituto de Defesa Agropecuária – Indea – o que refletirá no funcionamento dos frigoríficos. A passagem de cargas perecíveis, ônibus e vans é permitida, mas em horários pré-definidos. “A situação é insustentável e não vamos esvaziar o movimento enquanto Brasília não tomar uma posição”, disse um produtor rural presente no encontro.

De acordo com os produtores rurais, o movimento prosseguirá pelo menos até o próximo dia 25, quando o Governo Federal, através do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, prometeu apresentar uma proposta à classe produtora. Entre as reivindicações dos produtores se incluem a reestruturação do setor agrícola, o ajuste da política cambial, adoção de preços mínimos para grãos e refinanciamento de dívidas provenientes de financiamentos com vencimento até 31 de dezembro deste ano.





Fonte: Da Assessoria

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