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Economia
Sexta - 12 de Maio de 2006 às 14:57
Por: Rosi Medeiros

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Para conseguir a eficiência na criação de ovelhas visando a comercialização dos produtores rurais devem estar atentos ao emprego da melhor técnica de alimentação e sanidade dos animais. O alerta foi feito pelo diretor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp de Botucatu (SP), Edson Ramos de Siqueira, que falou sobre o tema “Generalidades da Produção Ovina” como parte do XXXIII Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária (Conbravet), realizado no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá.

“No Brasil ainda precisamos evoluir muito. Sempre é enfatizada a eficiência da produção dos animais de elite, mas quando falamos dos rebanhos comerciais existem muitas deficiências básicas sob o ponto de vista de técnicas de produção”, afirmou.

Uma das deficiências apontadas pelo especialista se refere à alimentação. De acordo com Edson Ramos, a saúde dos animais é totalmente dependente da alimentação. “Animais bem nutridos são mais resistentes. Mesmo em condições de pastagens onde há o desafio das larvas infectantes os animais bem nutridos resistem muito mais”, disse.

Siqueira apontou que não existe uma fórmula pronta para se dizer o que é mais correto para se alcançar esta eficiência. “Cada caso é um caso, em que tem que ser avaliado se a alimentação tem que ser suplementada, em qual nível, se tem que ser concentrada ou oferecer feno, silagem ou capineira”, explicou. Todas estas opções, segundo o especialista, devem ser avaliadas conforme o sistema de mercado, visando à rentabilidade da atividade.

O enfoque da palestra foram os diversos sistemas de manejo para criação de cordeiras visando à reprodução para a comercialização. De acordo com pesquisas, a fêmea ovina tem potencial para iniciar a atividade reprodutiva com sete a oito meses. “Alguns criadores colocam com quase dois anos, então é uma variação muito grande”, disse. Como o objetivo dos criadores é antecipar ao máximo o período de reprodução, Teixeira novamente voltou a frisar a importância da alimentação. “Fêmeas mal alimentadas apresentam o primeiro cio mais tardiamente”, alertou.

“A nutrição dos animais em pastos está relacionada com o manejo correto das pastagens. Quando tem ovinos no pasto, temos problemas sanitários, os mais comuns são as verminoses e as endoparisitoses”, disse. Segundo o especialista, é necessário buscar o manejo mais correto para diminuir os prejuízos da verminose.

CENÁRIO - No Brasil a população de ovinos é de 14 milhões de cabeças, segundo o IBGE. “É considerada pequena em relação ao tamanho do país e ao potencial que temos”, comentou Siqueira. De acordo com o palestrante, Estados como Mato Grosso que oferecem condições climáticas que permitem um grande desenvolvimento da produção devem ter como enfoque principal as condições da pastagem. “A ovinocultura tem evoluído no país, porém a passos muito lentos. Para acelerar este processo, a tecnificação é fundamental”, afirmou.





Fonte: Redação/Secom-MT

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