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Economia
Sexta - 12 de Maio de 2006 às 08:45

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O estoque de gás, combustíveis, água mineral e remédios já está comprometido em Sinop (503 quilômetros ao Norte de Cuiabá) por causa do bloqueio na BR-163. Produtores rurais impedem a passagem de caminhões carregados com produtos que seriam comercializados em cidades da região. Em Sinop a seqüência de bloqueios dos últimos dias está atrasando a chegada dos produtos. Três distribuidoras já estão sem combustível para entregar nos postos e muitas outras empresas que aguardam mercadorias provenientes de Cuiabá ou de outros estados estão ficando sem estoque.

Alguns adotaram estratégia de venda racionada para atender aos clientes. Embora os produtores de Sinop tenham liberado o tráfego, o risco de desabastecimento em alguns segmentos permanece. Carretas carregadas com óleo diesel ou gasolina, por exemplo, que saíram de São Paulo para o Norte de Mato Grosso, ficaram presas no bloqueio.

Postos de combustíveis e distribuidoras de gás de cozinha enfrentam

problemas e já têm que racionar mercadoria aos clientes. Em algumas

revendedoras, os estoques terminaram ontem. Na Centro Gás, a proprietária Rosita Otília Finger disse que os cerca de 400 botijões que estavam no estoque estão no fim. Rosita espera por três carretas com cargas de gás de cozinha e água mineral.

Também em outros setores os produtos começam a faltar e se os bloqueios voltarem a ser feitos -- como é a previsão -- a situação pode ficar complicada nas principais cidades do Nortão, que dependem da BR-163 para entrada dos produtos essenciais à população.

Nos supermercados também existem problemas de abastecimento. Aproximadamente 270 toneladas (t) de alimentos deixaram de chegar ao maior atacado de Sinop. O estoque em uma rede de lojas que possui supermercados em Sinop e Colíder deve durar os próximos 20 dias. Já produtos como verduras e frutas começam a faltar.

Nas farmácias a escassez é visível nas prateleiras. Faltam antibióticos e algumas marcas de anticoncepcional.

Segundo os organizadores do protesto, o bloqueio, pelo menos parcial, deve continuar até o dia 16. Hoje, uma nova reunião deve acontecer em Brasília, entre produtores, prefeitos e o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. O ministro deve dar uma resposta às reivindicações entregues na terça-feira pela categoria.





Fonte: Diário de Cuiabá

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