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O produtor rural não aceitará medidas paliativas”, alerta prefeito de Ipiranga do Norte
Produtores, lideranças rurais, prefeitos e deputados de Mato Grosso integraram uma comissão de representantes dos estados agrícolas reuniu-se ontem (9) à tarde, em Brasília, com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Roberto Rodrigues recebeu uma extensa pauta de reivindicações do setor agrícola para amenizar a crise econômica no campo.
Os manifestantes cobram a redução dos juros, mudanças na política cambial com adoção de câmbio fixo de exportação de produtos agropecuários, desoneração do óleo diesel, seguro rural, agilidade no registro dos genéricos e de novos produtos para agropecuária, declarar a ferrugem asiática e a cigarrinha das pastagens epidemias nacionais e liberação do Fat Giro Rural diretamente ao produtor e cooperativas de crédito.
A pauta também cobra um pacto de 180 dias com todos os credores privados ou bancos, além d a liberação de recursos para a conclusão e manutenção de todas rodovias federais e estaduais, com prioridade para a BR 163, que liga Cuiabá à Santarém (PA).
“A audiência com o ministro foi muito positiva. Ele concordou com a pauta de reivindicações e disse que iria apresentá-las ontem mesmo ao presidente Lula. No entanto, espero que o governo não adote apenas um conjunto de medidas meramente paliativas apenas para acalmar a classe produtora e os municípios.
O que nós queremos são soluções que realmente tirem a agricultura brasileira do vermelho”, ressalta Ilberto Effting, prefeito de Ipiranga do Norte, onde o movimento começou no dia 18 de abril e foi batizado de Grito do Ipiranga em homenagem ao município.
Segundo Effting, que participou da audiência em Brasília, para evitar a falência do campo o governo federal precisa adotar as medidas sugeridas ao ministro Roberto Rodrigues, principalmente no que se refere aos juros e ao câmbio.
“A simples renegociação das dívidas de R$ 15 bilhões com bancos oficiais, anunciada pelo governo, não resolve porque os juros são muito altos e o Real está supervalorizado em relação ao dólar”.
Para o prefeito de Ipiranga do Norte, que também é produtor rural, o movimento é legítimo. “É um ato de desespero dos produtores rurais, que ainda tentam continuar na atividade, apesar do aumento dos custos de produção”, destaca, acrescentando que a saca de soja deveria valer hoje R$ 25 para cobrir as despesas do produtor. “Nesta safra o agricultor trabalha no vermelho em Ipiranga do Norte, onde a o preço da saca oscila em torno de míseros R$ 14”, lamenta.
O ministro da Agricultura ressaltou a importância da mobilização iniciada em Ipiranga do Norte. Ele reconhece que o movimento foi um estopim que despertou outros setores do governo pra a crise do agronegócio.
Roberto Rodrigues agendou uma nova audiência com as lideranças para esta sexta-feira (12), quando apresentará as propostas do governo. E na próxima terça-feira (16), o presidente Lula se reúne com 12 governadores liderados pelo chefe do executivo do de Mato Grosso, Blairo Maggi.
As manifestações do movimento Grito do Ipiranga estão se ampliando e já atingem 10 estados com bloqueio de rodovias, armazéns e portos.
Os manifestantes cobram a redução dos juros, mudanças na política cambial com adoção de câmbio fixo de exportação de produtos agropecuários, desoneração do óleo diesel, seguro rural, agilidade no registro dos genéricos e de novos produtos para agropecuária, declarar a ferrugem asiática e a cigarrinha das pastagens epidemias nacionais e liberação do Fat Giro Rural diretamente ao produtor e cooperativas de crédito.
A pauta também cobra um pacto de 180 dias com todos os credores privados ou bancos, além d a liberação de recursos para a conclusão e manutenção de todas rodovias federais e estaduais, com prioridade para a BR 163, que liga Cuiabá à Santarém (PA).
“A audiência com o ministro foi muito positiva. Ele concordou com a pauta de reivindicações e disse que iria apresentá-las ontem mesmo ao presidente Lula. No entanto, espero que o governo não adote apenas um conjunto de medidas meramente paliativas apenas para acalmar a classe produtora e os municípios.
O que nós queremos são soluções que realmente tirem a agricultura brasileira do vermelho”, ressalta Ilberto Effting, prefeito de Ipiranga do Norte, onde o movimento começou no dia 18 de abril e foi batizado de Grito do Ipiranga em homenagem ao município.
Segundo Effting, que participou da audiência em Brasília, para evitar a falência do campo o governo federal precisa adotar as medidas sugeridas ao ministro Roberto Rodrigues, principalmente no que se refere aos juros e ao câmbio.
“A simples renegociação das dívidas de R$ 15 bilhões com bancos oficiais, anunciada pelo governo, não resolve porque os juros são muito altos e o Real está supervalorizado em relação ao dólar”.
Para o prefeito de Ipiranga do Norte, que também é produtor rural, o movimento é legítimo. “É um ato de desespero dos produtores rurais, que ainda tentam continuar na atividade, apesar do aumento dos custos de produção”, destaca, acrescentando que a saca de soja deveria valer hoje R$ 25 para cobrir as despesas do produtor. “Nesta safra o agricultor trabalha no vermelho em Ipiranga do Norte, onde a o preço da saca oscila em torno de míseros R$ 14”, lamenta.
O ministro da Agricultura ressaltou a importância da mobilização iniciada em Ipiranga do Norte. Ele reconhece que o movimento foi um estopim que despertou outros setores do governo pra a crise do agronegócio.
Roberto Rodrigues agendou uma nova audiência com as lideranças para esta sexta-feira (12), quando apresentará as propostas do governo. E na próxima terça-feira (16), o presidente Lula se reúne com 12 governadores liderados pelo chefe do executivo do de Mato Grosso, Blairo Maggi.
As manifestações do movimento Grito do Ipiranga estão se ampliando e já atingem 10 estados com bloqueio de rodovias, armazéns e portos.
Fonte:
Clichoje
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/301946/visualizar/
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