Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Domingo - 16 de Abril de 2006 às 18:30

    Imprimir


A menos de sete meses para a eleição geral deste ano, o PSDB de Mato Grosso, principal adversário político do governador Blairo Maggi, ainda não tem um projeto político definido e tampouco uma candidatura ao governo do Estado, correndo sério risco de ficar isolado num processo que pode ser o mais desgastante para os tucanos.

O único porto seguro à vista para o PSDB é o PL do deputado federal Welinton Fagundes, que saiu derrotado das eleições municipais de 2004 em Rondonópolis, justamente para o candidato do PPS e do governador, Adilton Sachetti. Fagundes ainda não deglutiu a derrota e faz sérias e consistentes críticas ao programa de Sachetti, que amarga baixíssimos índices de aprovação.

Sem o PL e o PFL, que já estuda a possibilidade de fazer uma coligação branca com o PPS a fim de apoiar a reeleição de Maggi em troca do apoio à candidatura de Jaime Campos ao Senado, o PSDB pode correr outro risco além do isolamento: não eleger deputados estaduais e federais na proporção em que imaginava ou pelo menos planejava.

A perda do PTB para o PPS, o que deve ser confirmado na próxima semana, é uma situação que o PSDB não contava, mas que foi impossível de segurar por causa da ausência completa de um projeto político consistente.

Mesmo assim, os históricos da sigla tucana preferem que o partido marche sozinho e renasça das cinzas com um chapa pura ou com uma aliança com o PL, o que eles consideram suficiente para eleger dois deputados federais e pelo menos dois estaduais.

Uma bancada significativa para quem tem hoje um federal e um estadual, sem contar com Welington Fagundes e com Hermínio Barreto, ambos do PL. Ou seja: PL e PSDB ficariam na mesma em termos de números de cadeiras nos Parlamentos federal e estadual, só garantindo a sobrevida do ex-governador Dante de Oliveira.

Outro lance "arriscado" seria a reeleição de Antero Paes de Barros, do PSDB, ao Senado, aproveitando que o grupo de Maggi pode apoiar na coligação branca o ex-governador Jaime Campos e ainda o produtor Eraí Maggi, primo do governador que se aventura na política como candidato a senador.

Em síntese, é um cenário altamente preocupante porque o PSDB, mais do que nunca, precisa de aliados para sobreviver num quadro pós-2002, quando o partido saiu da condição da maior sigla de Mato Grosso para ter apenas Carlos Nascimento na Assembléia Legislativa e Thelma de Oliveira na Câmara dos Deputados.




Fonte: Olhar Direto

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/306000/visualizar/